Letónia reforça militares na fronteira com Bielorrússia devido a ameaça de “guerra híbrida”
Autoridades letãs terem afirmado que tinham intercetado 96 pessoas que tentaram entrar na Letónia de forma irregular a partir da Bielorrússia na noite de segunda para terça-feira.
As autoridades da Letónia anunciaram esta terça-feira o reforço do número de guardas de fronteira e o envio de unidades das forças armadas para a fronteira com a Bielorrússia, devido à crescente ameaça de “guerra híbrida”, com a entrada irregular de migrantes.
A Guarda Fronteiriça do Estado informou em comunicado a “mobilização de guardas fronteiriços adicionais em serviço para reforço da proteção da fronteira externa”, bem como a suspensão de licenças e férias dos elementos.
Por outro lado, o Ministério da Defesa declarou que a sua titular, Inara Murniece, deu instruções às Forças Armadas Nacionais para enviar tropas para apoiar a guarda de fronteira no seu trabalho de defesa da fronteira com a Bielorrússia.
Estas medidas foram anunciadas depois de as autoridades do país báltico terem afirmado que tinham intercetado 96 pessoas que tentaram entrar na Letónia de forma irregular a partir da Bielorrússia na noite de segunda para terça-feira.
Este é um dos números mais altos dos últimos meses, segundo os media locais.
Este ano, 5.799 migrantes foram impedidos de entrar na fronteira da Letónia com a Bielorrússia, enquanto 292 foram admitidos no país báltico por razões humanitárias. O número já supera os 5.286 intercetados em todo o ano de 2022.
O termo “guerra híbrida” é usado pelos governos dos países bálticos e por analistas de segurança numa referência à estratégia da Bielorrússia de atrair migrantes, principalmente do Médio Oriente, e depois pressioná-los a cruzar as fronteiras para os países adjacentes europeus, Letónia, Lituânia e Polónia.
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