Preço do cabaz de alimentos com IVA zero volta a descer
Cabaz dos produtos isentos de imposto ficou 1,19 euros mais barato na semana terminada em 16 de agosto. Preços do queijo e do arroz tiveram os maiores aumentos.
Depois de uma semana em que aumentou dois euros, para 128,34 euros, o preço do cabaz de produtos alimentares abrangidos pelo “IVA zero”, calculado pela DECO Proteste, voltou a cair. Ao todo, os alimentos monitorizados pela associação portuguesa de defesa do consumidor e que fazem parte deste cabaz tiveram uma descida de preço de 1,19 euros entre 10 e 16 de agosto, fixando o custo global em 127,15 euros.
Entre os 63 produtos monitorizados pela DECO Proteste, 41 estão, desde 18 de abril, abrangidos pela isenção do IVA, o que inclui alimentos como peru, frango, carapau, pescada, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, leite, queijo ou manteiga.
Comparando com o dia anterior à entrada em vigor do “IVA zero”, a diferença de preços é mais expressiva: em cerca de quatro meses, o custo deste cabaz diminuiu em 10,43 euros, o que se traduz numa queda de 7,07%. Este decréscimo de preços contribuiu, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), para o abrandamento da inflação em julho, que se situou nos 3,1%.
Por sua vez, o preço do cabaz com IVA normal – que engloba 63 produtos, alguns dos quais abrangidos pela isenção de imposto – diminuiu 0,34% face à semana anterior, passando de 210,54 euros para 209,82 euros. Trata-se de uma redução de 72 cêntimos. Mas, na comparação com o mês de fevereiro do ano passado, este cabaz está agora quase 15% mais caro, tendo o preço aumentado 26,19 euros.
Queijo, arroz e ervilhas com maiores aumentos de preço
Entre os dias 9 e 16 de agosto, o queijo curado (embalado em fatias) foi o produto cujo preço mais subiu, ao disparar 7% (ou seja, mais 15 cêntimos) face à semana anterior. Seguem-se o arroz agulha e as ervilhas congeladas (5% cada um); o tomate chucha e o atum posta em óleo vegetal (mais 4% cada); a cebola e o pão de forma sem côdea (mais 3% cada); e a pescada fresca, a laranja e a carne de novilho, com aumentos de 1% cada.
Fora do cabaz de produtos sujeitos ao “IVA zero”, destacam-se também os aumentos de preço no peixe-espada preto (+9%), nos cereais de trigo, arroz e aveia integrais (+7%), na couve coração (+6%), no café torrado moído (+5%) e nas ervilhas ultracongeladas e curgete (+4% cada).
Desde a entrada em vigor do “IVA zero”, os produtos de mercearia foram os que mais beneficiaram com a medida do Governo: de 22,30 euros, passaram a custar 19,22 euros, o que equivale a uma descida de 13,80% (ou seja, menos 3,08 euros). Segue-se o peixe, cujo preço baixou 11,31% (menos 3,94 euros), custando agora 30,93 euros.
Na categoria dos laticínios, o preço baixou 1,47 euros (-10,41%) desde a isenção do IVA, para 12,63 euros, enquanto a carne teve uma redução de 6,33% (ou 2,59 euros) e custa, atualmente, 38,30 euros. A queda do preço dos congelados foi de 5,99% até 16 de agosto, tendo agora um peso de cerca de 3,38 euros na carteira dos portugueses. Por fim, as frutas e legumes tiveram o recuo de preço mais baixo (menos 32 cêntimos, ou seja, -1,40%) e custam 22,70 euros.
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