Custos da construção de habitação nova aumentaram 2,3% à boleia dos custos da mão-de-obra
O preço dos materiais apresentou uma variação homóloga de -1,5% e o custo da mão-de-obra de 7,7%, em julho. Ambos os indicadores abrandaram face ao mês anterior.
Os custos da construção de habitação nova aumentaram 2,3%, em julho, em termos homólogos, à boleia dos custos da mão-de-obra, estima o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta sexta-feira. Já os materiais de construção apresentam uma variação negativa.
“Em julho de 2023, estima-se que os custos de construção de habitação nova tenham aumentado 2,3% em termos homólogos, menos 0,5 pontos percentuais (p.p.) que o observado no mês anterior. O preço dos materiais apresentou uma variação homóloga de -1,5% e o custo da mão-de-obra de 7,7%”, escreve o INE. No entanto, ambos os indicadores abrandaram face ao mês anterior — menos 0,7 p.p. e menos 0,2 p.p., respetivamente.
O custo da mão-de-obra contribuiu com 3,2 p.p. (tal como no mês anterior) para a formação da taxa de variação homóloga do índice e os materiais com -0,9 p.p. (-0,4 p.p. em junho), detalha o INE. E entre os materiais que mais influenciaram negativamente a variação do preço estão a chapa de aço macio e galvanizada, e os betumes, que “apresentaram decréscimos de cerca de 25% em termos homólogos”. Mas também os produtos energéticos, o aço para betão e perfilados pesados e ligeiros e materiais de revestimentos, isolamentos e impermeabilização, todos com descidas a rondar os 15%. Já o cimento, o betão pronto e as tintas, primários, subcapas e vernizes contribuíram para agravar os preços ao apresentar crescimentos homólogos em torno de 10%.
Porém, quando a comparação é feita em cadeia, ou seja, em relação ao mês anterior, o índice de custos de construção de habitação nova registou uma taxa de variação de 0,3% em julho, com o o custo dos materiais a subir 0,2% e o da mão-de-obra 0,4%. “As componentes materiais e mão-de-obra contribuíram com 0,1 p.p. e 0,2 p.p., respetivamente, para a formação da taxa de variação mensal do ICCHN (-0,3 p.p. e 0,3 p.p. em junho, pela mesma ordem)”, detalha o INE.
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