Petróleo supera 95 dólares por barril pela primeira vez desde novembro

Matéria-prima toca máximo de dez meses perante o aperto na oferta pelos países produtores Arábia Saudita e Rússia. Desde novembro que o Brent não negociava acima dos 95 dólares por barril.

É uma notícia pouco animadora para as famílias. O preço do petróleo continua a subir esta terça-feira e o contrato que serve de referência para as importações nacionais já supera os 95 dólares por barril, espoletando receios de aumentos significativos dos preços dos combustíveis e de mais inflação.

Segundo a Bloomberg, é a primeira vez desde novembro que o Brent negoceia acima da fasquia dos 95 dólares, num rally que está a ser propalado pelos receios em torno da oferta, depois de a Arábia Saudita e a Rússia terem prolongado os cortes voluntários na produção até fim do ano, de 1,3 milhões de barris de petróleo por dia em acumulado.

Pelas 7h51 em Lisboa, o Brent subia 0,71%, para 95,1 dólares por barril, enquanto o norte-americano WTI avançava 1,28%, para 92,65 dólares. O petróleo negoceia, assim, em máximos de dez meses, e, de acordo com a mesma agência, já são vários os analistas que preveem que a cotação do Brent supere mesmo os 100 dólares em breve.

Preço do Brent toca 95 dólares

Fonte: Refinitiv

Esta é a quarta sessão seguida de subida dos preços do petróleo, que também está a ser motivada pela menor produção de petróleo de xisto nos EUA. Os preços do petróleo já acumulam subidas nas últimas três semanas consecutivas.

A mexer com o mercado estão ainda declarações do ministro da Energia da Arábia Saudita proferidas esta segunda-feira: no Congresso Mundial do Petróleo, em Calgary (Canadá), Abdulaziz bin Salman defendeu os cortes na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+) e regulação mais leve para limitar a volatilidade. O responsável admitiu também incerteza quanto à procura de petróleo pela China, que é o maior importador da matéria-prima, bem como quanto ao crescimento económico na Europa e a subida dos juros para controlar a inflação.

(Notícia atualizada pela última vez às 8h53)

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