Manuel Valls é candidato de Macron às legislativas
Valls anunciou esta terça-feira que vai ser candidato às legislativas de junho pelo novo partido do Presidente Emmanuel Macron. O ex-primeiro-ministro diz que “os velhos partidos estão a morrer".
O ex-primeiro-ministro socialista francês Manuel Valls anunciou esta terça-feira que vai ser candidato às legislativas de junho pelo novo partido do Presidente eleito, Emmanuel Macron.
Numa entrevista à rádio RTL disse que o Partido Socialista “não tem futuro”. “Os velhos partidos estão a morrer ou estão mortos”, frisou Valls.
Valls acrescentou que vai ser “candidato da maioria presidencial” através do República em Marcha — a nova designação do movimento En Marche — o novo partido recentemente constituído por Macron que serviu de base política às presidenciais do passado domingo. Emmanuel Macron, um candidato centrista, venceu no domingo a segunda volta das presidenciais francesas, com 66%, derrotando a candidata da extrema-direita, Marine Le Pen (34%).
Valls, na mesma entrevista, disse que se vai inscrever no movimento e apelou “a todos os deputados cessantes, os progressistas, aqueles que apelaram ao voto em Emmanuel Macron antes da primeira volta” a fazerem o mesmo. E explica porquê.
“Porque sou um republicano, porque sou um homem de esquerda, porque continuo a ser um socialista, não vou renunciar a 30 anos da minha vida política, porque exerci responsabilidades, porque sei que governar França é difícil. Quero o sucesso de Emmanuel Macron”, acrescentou o ex-primeiro-ministro que, depois de se demitir de funções, em dezembro, passou a ser deputado em Evry.
"Sou um republicano, porque sou um homem de esquerda, porque continuo a ser um socialista, não vou renunciar a 30 anos da minha vida política, porque exerci responsabilidades, porque sei que governar França é difícil. Quero o sucesso de Emmanuel Macron.”
“Falemos francamente: revemo-nos na maior parte das propostas do projeto de Emmanuel Macron, sim ou não? Sim”, responde Valls à sua própria pergunta.
Contudo, esta inscrição tem de ocorrer num espaço de 24 horas, como alertou Benjamin Griveaux, o porta-voz do En Marche, em declarações à Europe 1, sublinhando assim que a comissão nacional de investidura ainda não deu posse ao antigo primeiro-ministro.
Jean-Paul Delevoye, responsável da comissão de investiduras, precisou que, “neste momento existem 500” candidatos. “Portanto, estamos a trabalhar, a comissão vai reunir-se uma última vez para terminar esta lista e quinta de manhã estaremos a postos”, afirmou em declarações à France 2.
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