Mais de meio milhão de multas de trânsito no primeiro semestre do ano
A única contraordenação que registou uma diminuição no primeiro semestre do ano foi a do uso do telemóvel ao volante, que baixou 2,8%.
Mais de meio milhão de multas foram registadas pelas autoridades no primeiro semestre do ano, um aumento de quase 20% em relação ao mesmo período de 2022, numa tabela liderada pelo excesso de velocidade, revelou esta quinta-feira a Segurança Rodoviária.
No relatório de sinistralidade e fiscalização rodoviária, a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) dá conta que as autoridades fiscalizaram, entre janeiro e fevereiro, 69,9 milhões de veículos e detetaram 592.948 infrações, o que representa um acréscimo de 19,7% face ao período homólogo do ano anterior.
Segundo a ANSR, nos seis primeiros meses do ano verificaram-se aumentos nas várias tipologias de infração, destacando-se as relativas a excesso de velocidade (39,2%), as infrações por ausência de cadeira para crianças (30,8%), por ausência de seguro (17,8%), falta de inspeção periódica obrigatória (12,2%), álcool (10,6%), e falta de cintos de segurança (8%).
Do quadro disponibilizado pela ANSR, a única multa que registou uma diminuição no primeiro semestre do ano foi a das contraordenações por uso do telemóvel ao volante, que baixaram 2,8%, passando de 11.609 para 11.280, revertendo uma situação de aumentos que se verificava há algum tempo.
Quanto à tipologia das infrações, 66,7% do número total registado entre janeiro e junho de 2023 correspondeu a excesso de velocidade, 5,4% à ausência de inspeção periódica obrigatória, 2,9% à condução sob efeito do álcool e 2,1% ao uso do telemóvel.
O relatório precisa que, entre janeiro e junho, foram multados 395.628 condutores por excesso de velocidade, 31.723 por falta de inspeção periódica obrigatória, 17.052 por excesso de álcool, 11.280 por uso do telemóvel, 10.942 por falta de cinto de segurança e 10.500 por falta de seguro.
Só o sistema de radares fixos da ANSR fiscalizou no primeiro semestre cerca de 63 milhões de condutores, de que resultaram mais de 185 mil contraordenações. A ANSR frisa também que a criminalidade rodoviária, medida em número total de detenções, aumentou 12% por comparação com 2022, atingindo cerca de 18.200 condutores.
De acordo com o documento, 55% das detenções resultaram da condução sob o efeito de álcool, seguindo-se 35% por falta de habilitação legal para conduzir. Em relação ao primeiro semestre de 2022, o número de detidos por álcool aumentou 14,6% e as detenções por falta de habilitação legal para conduzir subiram 17,3%.
A ANSR refere ainda que, desde a entrada em vigor do sistema de carta por pontos em junho de 2016, o número de condutores que perderam pontos na carta de condução foi de 588,3 mil até final de junho de 2023, tendo ficado sem carta de condução 2.645 condutores.
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