Portugueses participam mais em formação do que a média da UE
As regiões portuguesas estão longe dos bons resultados observados, por exemplo, na Suécia, mas conseguem superar a média comunitária, no que diz respeito à participação de adultos em formação.
Todas as regiões de Portugal continental superam a média da União Europeia (UE) no que diz respeito à fatia de adultos que participam em ações de formação e educação, mostram os dados divulgados esta segunda-feira pelo Eurostat. Portugal está longe dos bons resultados registados nas regiões do norte do Velho Continente, mas consegue, ainda assim, ultrapassar, por exemplo, várias regiões francesas, italianas e até alemãs.
“Em 2022, 96 das 240 regiões registaram taxas de participação em linha ou acima da média da UE, que se fixou em 11,9%. Nesse grupo, estão incluídas todas as regiões da Dinamarca, Espanha, Holanda, Áustria, Eslovénia, Finlândia e Suécia, bem como Estónia, Luxemburgo e Malta”, destaca o Eurostat.
Em Portugal, a maioria das regiões conseguiram taxas de participação dos adultos em formação e educação acima da média comunitária. No Norte, esse indicador fixou-se em 12,3%, no Centro em 14,6%, na Área Metropolitana de Lisboa em 16,2%, no Alentejo em 13,1% e no Algarve em 13,5%. Já nos arquipélagos, as taxas ficam abaixo da média da UE: 8,8% nos Açores e 9% na Madeira.
Embora as regiões portuguesas consigam superar, na sua maioria, a média da UE, ficam longe dos resultados obtidos em países como a Suécia. “Em oito regiões da Suécia, as taxas de participação foram as mais altas de todas as regiões da UE, com um máximo de 38,1% verificado em Estocolmo”, realça o gabinete de estatísticas. Entre as regiões com as taxas mais elevadas do bloco comunitário, estão também cinco da Dinamarca e nove da Holanda.
No total, das 240 regiões observadas, 24 contabilizaram, pelo menos, um quarto dos adultos envolvidos em ações de formação e educação.
Por outro lado, em 29 regiões a taxa de participação nem chegou aos 5% em 2022, nomeadamente em todas as regiões da Bulgária. Também a Grécia compara mal: em dez das suas 12 regiões, menos de cinco em cada cem adultos participaram em formação educação. Na base da tabela, estão ainda três das quatro regiões da Croácia, cinco regiões da Polónia, três da Roménia, uma na Bélgica e outra na Alemanha.
Os dados divulgados pelo Eurostat permitem perceber ainda que a fatia de mulheres a participar em educação e formação foi superior à dos homens: 12,9% contra 10,8%.
Numa altura em que por efeito dos avanços tecnológicos o mercado de trabalho está em transformação, a formação e educação tem conquistado especial relevância, de acordo com os especialistas. Em Portugal, é obrigatório o empregador dar 40 horas anuais de formação ao trabalhador, mas ainda há muitas empresas que não cumprem essa norma.
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