Formação ajuda J&J a captar e reter talento. “Empresas têm de investir no ‘employee engagement'”
Mais de 300 trabalhadores da equipa portuguesa da Johnson & Johnson estão a fazer formação até ao final de outubro. Diretora de recursos humanos frisa que aposta tem ajudado a captar trabalhadores.
A Johnson & Johnson (J&J) parou por um dia para aprender. No final de setembro, os trabalhadores desta gigante farmacêutica foram convidados a pausar as suas atividades e escolher um plano de formação, “que poderia ir muito além das suas responsabilidades ou função“. Agora, até ao final de outubro, 361 trabalhadores da equipa portuguesa estão a cumprir essas ações de formação, adianta a J&J ao ECO. E a diretora de recursos humanos, Sofia Brito, admite que esta aposta na competências tem ajudado a captar e a reter talento.
“Os colaboradores foram convidados pelo nosso CEO, Joaquim Duato, a parar durante um dia para aprender. Eles têm ao seu dispor a J&J Learn, uma plataforma de aprendizagem onde são disponibilizadas centenas de formações, papers e webinars das mais diversas áreas. Cada um poderá escolher o seu plano de formação. Esta iniciativa não se circunscreve a um dia apenas. Os colaboradores têm até ao final de outubro para complementar o plano de desenvolvimento que traçaram e que começaram no Global Learning Day, a 29 de setembro”, explica a responsável mencionada.
Mas já antes deste dia, garante Sofia Brito, a formação tinha um papel relevante na J&J. “A formação e o desenvolvimento são pilares da nossa estratégia. Este desenvolvimento está diretamente relacionado com o progresso e com o crescimento do nosso grupo“, salienta a diretora de recursos humanos.
Nesse cenário de aposta na formação, é “constante” os trabalhadores começarem o seu percurso em certas áreas de atividade e acabarem por crescer noutras. “É prática corrente nas nossas companhias (Janssen e J&J Medtech) fazermos rotação de funções, dotando os profissionais das mais diferentes skills e conhecimento da empresa, bem como realizar sessões de treino de simulação de casos reais, com vista a prepararmos os managers de uma forma distintiva“, detalha Sofia Brito.
Da parte dos trabalhadores, a responsável sente “completa abertura e entusiasmo”, daí que esteja “convicta que o plano de desenvolvimento é um dos fatores críticos de retenção dos nossos colaboradores“. “É muito aliciante não só estar a trabalhar no maior grupo de saúde do mundo, como numa companhia que potencia o desenvolvimento de competências e promove a aprendizagem constante, muito além do desempenho das funções de cada um“, sublinha.
Sofia Brito realça que em Portugal a J&J tem conseguido captar talento nas mais diferentes áreas também porque os trabalhadores olham para este grupo como um empregador onde poderão crescer profissionalmente.
“Para que esta retenção de talento seja uma realidade, as empresas têm de investir numa estratégia de employee engagement [no envolvimento dos trabalhadores, numa tradução livre], potenciando o que cada um tem de melhor, criando programas de mentoria, de desenvolvimento profissional e de relacionamento interáreas. Tem sido assim que o grupo Johnson & Johnson tem crescido não só em Portugal, mas no mundo“, remata a diretora de recursos humanos.
No mesmo sentido, um estudo recente da Kelly mostrava que os trabalhadores portugueses estão mais dispostos a mudar de emprego nos próximos 12 meses por causa, nomeadamente, da falta de formação e de oportunidades de progressão de carreira.
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