Resíduos de embalagens na União Europeia com maior aumento numa década
A geração de resíduos de embalagens voltou a subir em 2021. Nesse ano, o bloco europeu gerou 188,7 quilos de resíduos por habitante, 32 quilos a mais do que em 2011.
Em 2021, a produção de resíduos de embalagens na União Europeia (UE) teve o maior aumento no espaço de uma década (+27%). Nesse ano, o bloco europeu gerou 188,7 quilos de resíduos de embalagens por habitante, 32 quilos a mais do que em 2011. Face a 2020, o aumento traduziu-se num acréscimo de 10,8 quilos.
Os dados divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat, e que recuam até 2010, indicam que, em 2021, os 27 Estados-membros geraram 84 milhões de toneladas de resíduos de embalagens, dos quais 40,3% eram papel e cartão. O plástico representou 19%, o vidro 18,5%, a madeira 17,1% e o metal 4,9%.
No mesmo período, cada habitante da UE gerou, em média, 35,9 quilos de resíduos de embalagens de plástico. Destes, apenas 14,2 quilos foram reciclados. Em comparação com 2020, tanto a produção como a reciclagem de resíduos destas embalagens aumentaram: a produção aumentou 1,4 quilos per capita (4%) e a reciclagem 1,2 quilos per capita (9,5%).
Entre 2011 e 2021, apesar de a quantidade per capita de resíduos de embalagens de plástico gerados ter aumentado 26,7%, a quantidade reciclada de resíduos de embalagens plásticas ultrapassou essa fasquia, situando-se nos 38,1%.
Na sequência de regras mais rigorosas, aplicadas em 2020, para que os Estados-Membros comuniquem a sua reciclagem, a taxa de reciclagem de plásticos passou de 41,1 % em 2019 para 37,6% em 2020. Em 2021, esta taxa regressou a uma trajetória crescente, registando 39,7%.
Entre os Estados-membros, enquanto países como a Eslovénia, a Bélgica e os Países Baixos reciclaram cerca de metade dos seus resíduos de embalagens de plástico produzidos — 50%, 49% e 48%, respetivamente — em Malta, França e na Suécia menos de um quarto dos resíduos de embalagens de plástico foi reciclado — 20%, 23% e 23,8%, pela mesma ordem.
Portugal surge a meio da tabela, tendo reciclado 38% dos seus resíduos de embalagens de plástico produzidos, abaixo da média europeia.
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