Endividamento da economia portuguesa volta a subir para novo máximo de 812 mil milhões de euros

A dívida global da economia nacional já supera 306% do PIB estimado para este ano. Desde o início do ano, o endividamento da economia aumentou 13,5 mil milhões de euros.

O endividamento da economia nacional atingiu em setembro um novo máximo histórico de 812 mil milhões de euros, como resultado de uma subida de 0,15% face a agosto. “Deste total, 446 mil milhões de euros respeitavam ao setor privado (empresas privadas e particulares) e 366,4 mil milhões de euros ao setor público (administrações públicas e empresas públicas)”, refere o Banco de Portugal esta quinta-feira.

Desde o início do ano, o volume total da dívida da economia engrossou 13,5 mil milhões de euros, fechando em setembro num montante equivalente a cerca de 306% do PIB estimado pelo Governo para este ano.

A instituição liderada por Mário Centeno revela que o endividamento do setor privado subiu mais de mil milhões de euros (0,23%), tendo sido fortemente impulsionado pelo aumento de 0,33% (ou 978 milhões de euros) da dívida das empresas.

“Este aumento, essencialmente perante o setor financeiro (0,7 mil milhões de euros), deveu-se à aquisição de títulos de dívida de curto prazo emitidos por sociedades não financeiras e a efeitos de valorização”, refere o Banco de Portugal.

A dívida das famílias teve um crescimento mais modesto, de apenas 0,03%, mas setembro encerrou um ciclo de oito meses consecutivos de queda do endividamento dos particulares.

O Banco de Portugal revela ainda que o endividamento do setor público teve um incremento de 205 milhões de euros, “refletindo um aumento perante as administrações públicas (0,7 mil milhões de euros) e o setor financeiro (0,4 mil milhões de euros), parcialmente compensado por uma redução junto do exterior (1,0 mil milhões de euros).” Este ano, apenas por uma ocasião (em março) o nível de endividamento do setor público não aumentou.

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