Costa seguro de que ciclo político vai “prosseguir com vitória do PS”
"Este ciclo político pode ter começado com derrota do PS, mas vai seguramente prosseguir com vitória do PS", disse António Costa no último debate enquanto primeiro-ministro.
No último debate em plenário enquanto primeiro-ministro, António Costa aproveitou para entrar no tom de campanha eleitoral, apesar de ter afastado a possibilidade de ocupar cargos públicos nos próximos anos.
“Este ciclo político pode ter começado com derrota do PS, mas vai seguramente prosseguir com vitória do PS”, disse António Costa em resposta às criticas do PSD aos anos de governação socialista, durante o debate preparatório do Conselho Europeu marcado para os dias 13 e 14 deste mês.
O primeiro-ministro, que está aos comandos de um Governo em gestão, frisou que “se houve coisa que estes anos demonstraram foi uma derrota da direita” e que “a visão de austeridade foi esmagada”, aproveitando ainda a ocasião para sublinhar que foi durante o Executivo socialista que o país “deixou de estar de joelhos e com posição subserviente e passou a ter posição construtiva”.
Num debate centrado nas duas guerras em curso, os partidos não deixaram, no entanto, de tecer críticas à execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Mas, em resposta ao PSD, António Costa garantiu que “o PRR segue numa boa execução material” reconhecendo, contudo, “atrasos relativos às reformas”.
Antecipando uma reunião do Conselho Europeu “longa e difícil, que provavelmente não se esgotará na sexta-feira”, Costa manifestou, contudo, esperança de que dessa cimeira saia “um compromisso da UE com as expectativas que criou à Ucrânia e aos países dos Balcãs Ocidentais”.
Isso “resulta de um imperativo político e moral, mas também de uma leitura correta dos desafios geopolíticos que se colocam à UE”, defendeu.
Por outro lado, Costa destacou que, nesta cimeira, vai também ser discutida “a revisão intercalar do quadro financeiro plurianual”, afirmando que “foi um debate que começou com grande ambição”, mas essa ambição “tem-se vindo a esfumar”.
No entanto, o primeiro-ministro sublinhou que, nessa revisão, é fundamental garantir “a intocabilidade dos envelopes nacionais para a política de coesão e para a política agrícola”, assim como “dotar a Ucrânia de um quadro previsível e estável de financiamento” e não recuar no “programa de crescimento económico que a Comissão Europeia apresentou para o conjunto dos Balcãs”.
Sobre o alargamento da UE, o primeiro-ministro referiu já ser “felizmente consensual” no Conselho Europeu que esse processo deve ser acompanhado pela “reforma interna da UE”.
No final do debate, António Costa deixou palavras de despedida da Assembleia da República lembrando que foi com “grande honra” que exerceu funções como deputado da oposição, tendo sido eleito seis vezes, a que acrescem a passagem pelo Parlamento como ministro e a assumir a chefia de três governos. “Quero saudar todas as bancadas, o Parlamento é feito de controvérsia, contraditório, às vezes mais vivo, outras vezes menos vivo. Se algum melindrei alguém não o fiz intencionalmente, se alguém me melindrou, já esqueci.” Aqueles que poderão não ser reeleitos, deixa uma mensagem: “Este é o primeiro dia do resto da vida.”
Palavras que mereceram um aplauso de pé dos deputados socialistas.
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