Oito em cada dez clientes de eletricidade já têm contador inteligente
O número de contadores inteligentes de eletricidade com leituras remotas ativas ultrapassou a marca dos cinco milhões.
O número de contadores inteligentes de eletricidade com leituras remotas ativas ultrapassou a marca dos cinco milhões, o que representa uma cobertura de 80% dos clientes em Portugal continental, divulgou esta terça-feira a E-Redes.
Em comunicado, a empresa de distribuição de eletricidade explicou que “no total, há 5,5 milhões de contadores inteligentes instalados e 90% dos equipamentos já está em telegestão, permitindo a recolha de dados automática, dispensando os consumidores do envio de leituras e possibilitando a emissão de faturas, por parte dos comercializadores, sem recurso a estimativas ou acertos”.
A E-Redes disse, assim, manter a meta de “até ao final de 2024 ter 100% de contadores inteligentes instalados nas casas dos portugueses”.
A empresa considerou que os contadores inteligentes são benéficos para os clientes, que “podem acompanhar o seu perfil energético e ajustar o consumo de eletricidade, sem que os técnicos da E-Redes tenham de se deslocar ao local para executar ordens de serviço ou para recolher leituras”, bem como às empresas, “uma vez que permitem aos clientes acesso a serviços e planos de preços adaptados aos perfis e necessidades de consumo”.
Adicionalmente, “com o atual parque instalado de contadores inteligentes estima-se uma diminuição da emissão de CO2 de mais de 2.190 toneladas em 2023″, apontou o presidente do Conselho de Administração da E-Redes, José Ferrari Careto, citado na mesma nota.
A instalação de contadores inteligentes aplica-se aos consumidores de eletricidade em baixa tensão – com potência contratada até 41,4 quilovolt-ampere (kVA), que se destina tipicamente a clientes residenciais, lojas, escritórios e pequenas empresas.
Em fevereiro de 2022, a E-Redes anunciou que tinha ultrapassado quatro milhões de contadores inteligentes de eletricidade instalados, cobrindo dois terços dos clientes em Portugal continental, dos quais 3,1 milhões estavam em telegestão.
Em julho deste ano, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) aprovou os novos regulamentos para o setor elétrico, assentes num “modelo que se pretende crescentemente descentralizado” e que inclui uma redução crescente da faturação por estimativa.
“A cobrança de consumos por estimativa aos consumidores será cada vez menor à medida que os contadores inteligentes e a sua integração em redes inteligentes for sendo operacionalizada”, referiu então o regulador, recordando que o objetivo é que, até ao final de 2024, todos os clientes em Portugal continental tenham contadores inteligentes.
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