Afinal, emigrantes portugueses continuam com acesso gratuito ao SNS, garante ministério da Saúde

Ministério da Saúde esclarece que emigrantes vão ter "pleno acesso" ao SNS, mas deixam de ter médicos de família.

O Ministério da Saúde esclarece que os emigrantes portugueses vão continuar a ter “pleno acesso” ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) e que “não terão que pagar pelos cuidados recebidos”. Ainda assim, estes cidadãos vão deixar de ter médico de família atribuído.

O Ministério da Saúde esclarece que os emigrantes portugueses continuarão a ter pleno acesso ao Serviço Nacional de Saúde, sempre que dele necessitarem, e não terão que pagar pelos cuidados recebidos”, esclarece a tutela liderada por Manuel Pizarro, em comunicado divulgado esta quarta-feira e depois das fortes criticas feitas pelo PSD.

No centro da polémica estão as novas regras do Registo Nacional de Utentes que determinam que, a partir de 1 de janeiro de 2024, os portugueses com residência fiscal no estrangeiro terão o seu registo no SNS “inativo”. O Governo esclarece que com esta alteração “não está em causa” o atendimento dos emigrantes portugueses no sistema de saúde público, “que continuará a ser assegurado sempre que estejam em situação de estada no território nacional”, descartando ainda que estes “tenham que pagar por esses cuidados”.

No entanto, com as novas regras é alterada a “identificação das entidades financeiramente responsáveis para o caso dos cidadãos que não residem em Portugal”, de modo a que o Estado seja “ressarcido das despesas em que o SNS incorre no tratamento de cidadãos que têm cobertura de saúde num outro país, sempre que isso seja aplicável”.

Na prática, isto significa que os emigrantes portugueses continuarão a ter a acesso gratuito ao SNS, mas a ideia é que haja depois um acerto de contas com o país no qual o cidadão tem residência fiscal para que o Estado seja ressarcido desses gastos.

“A correta identificação da entidade financeiramente responsável permite aos vários países faturarem a atividade entre si, assegurando assim as regras que estão em vigor a nível internacional e permitindo ao nosso país atuar num regime de reciprocidade e responsabilidade fiscal”, justifica a tutela.

No entanto, os emigrantes portugueses vão deixar de ter médico de família atribuído, isto apesar de continuarem a poder ter acesso a consultas, nomeadamente, nos cuidados de saúde primários. A medida surge numa altura em que há cerca de 1,7 milhões de portugueses sem médico de família atribuído, segundo consta no portal da transparência do SNS.

O Ministério da Saúde lembra ainda que as alterações ao Registo Nacional de Utentes foram feitas em fevereiro e têm como objetivo “garantir o acompanhamento por equipa de saúde familiar, nomeadamente, o acesso a médico de família a quem dele mais necessita”. Desde modo, “é potenciada a continuidade e a proximidade dos cuidados ao cidadão, num contexto de conhecida escassez de recursos humanos que faz com que muitas pessoas não tenham ainda equipa de saúde familiar atribuída”, aponta a tutela.

(Notícia atualizada pela última vez às 18h09)

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