António Costa regista palavras “simpáticas” de Marcelo

António Costa garante que não vai "meter os papéis para a reforma", mas sublinha que o seu futuro político não depende de si, mas "de outras instâncias".

António Costa regista as palavras “simpáticas” do Presidente da República, que considerou que o primeiro-ministro tem condições para ser presidente do Conselho Europeu, mas reitera que a execução de cargos políticos depende da investigação de que é alvo. Não obstante, o ainda secretário-geral do PS garante que não vai “meter os papéis para a reforma” e que depois de 10 de março vai “trabalhar”.

“Não vi as declarações, [mas] já me disseram que eram simpáticas. Já agradeci e acho que é muito simpático“, afirmou António Costa, quando questionado pelos jornalistas sobre os elogios do Presidente da República. “Estou curioso”, acrescentou, após ter votado para escolher o seu sucessor, na sede do PS, no largo do Rato, em Lisboa.

O (ainda) secretário-geral referiu ainda que não tem “idade” para se reformar e, sublinhou, que “nenhum cidadão mete os papéis para a reforma política”. Sem desvendar o seu futuro político após as eleições de 10 de março, o primeiro-ministro demissionário refere ainda que “a página está virada” e que fez aquilo que a “consciência ditou”, por considerar que “quem está sobre uma suspeição oficial não pode exercer funções como primeiro-ministro”.

Quanto ao processo de que é suspeito, Costa reitera que sabe do processo “através da comunicação social”, pelo que não faz “a menor ideia se anda, se não anda”. Para já, garante que está “focado” em exercer as funções como Chefe de Governo e reitera que o futuro não depende de si, mas “depende de outras instâncias”.

“Utilizem o tempo que necessitarem para que tudo seja esclarecido”, desejou Costa. E o que fará depois das eleições legislativas antecipadas? “Vou trabalhar”, atirou.

O (ainda) secretário-geral dos socialistas descartou ainda dar “conselhos de bancada” ao líder que for eleito, mas não descartou participar na campanha eleitoral que se avizinha, sinalizando que é um militante “muito disciplinado”, pelo que fará o que o novo secretário-geral pedir. “No domingo, o PS estará todo junto e unido e atrás do seu novo líder para o apoiar para uma grande campanha uma grande vitória no 10 de março”, rematou.

Cerca de 60 mil militantes socialistas podem votar desde esta sexta-feira e até sábado nas eleições diretas do partido, tendo em vista escolher o novo secretário-geral do PS. Na corrida à sucessão de António Costa estão o atual ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, o ex-ministro e deputado Pedro Nuno Santos e o dirigente socialista Daniel Adrião.

(Notícia atualizada pela última vez às 19h40)

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