Investimento cresce há sete meses consecutivos, mas consumo privado abranda ligeiramente

Indicador de atividade aumentou em outubro e o indicador de clima económico, que sintetiza as questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, aumentou em novembro.

O investimento está a crescer há sete meses consecutivos e o consumo privado, apesar de continuar a crescer, está a perder gás, revela a Síntese Económica de Conjuntura do Instituto Nacional de Estatística (INE). O indicador de atividade aumentou em outubro e o indicador de clima económico, que resume os inquéritos qualitativos às empresas, aumentou em novembro.

“O indicador de atividade económica, que sintetiza um conjunto de indicadores quantitativos que refletem a evolução da economia, aumentou em setembro e outubro, após ter diminuído em termos homólogos em agosto. Por sua vez, o indicador de clima económico, que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, aumentou em novembro, após ter diminuído entre julho e outubro, ligeiramente no último mês”, avança o INE.

Em outubro, “o indicador de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) apresentou uma variação positiva em termos homólogos pelo sétimo mês consecutivo, tendo o indicador de consumo privado registado um crescimento homólogo ligeiramente menos intenso que o observado no mês anterior”, explica o INE. A evolução do investimento resultou “do aumento do contributo positivo da componente de máquinas e equipamentos que havia sido negativo no mês anterior e do contributo positivo da componente de material de transporte”. Mas, a componente de construção registou um contributo negativo, após o contributo positivo em setembro.

Num indicador avançado do andamento da economia, as vendas de cimento produzido em território nacional (não ajustadas de efeitos de sazonalidade e de dias úteis), já disponíveis para novembro, aumentaram em termos homólogos, um desempenho que já se verifica há oito meses, com taxas de progressão de 5%, 7,3% e 10,7% entre setembro e novembro.

Também já disponíveis para novembro, as vendas de veículos ligeiros comerciais aumentaram em termos homólogos pelo sétimo mês consecutivo (taxas de 27,2%, 29,3% e 55,7% nos últimos três meses), enquanto as vendas de veículos pesados têm vindo a apresentar taxas elevadas
e progressivamente mais significativas nos últimos meses (taxas de 53,6%, 60,5% e 180,7% entre setembro e novembro), revela o INE.

No que diz respeito ao consumo privado, o INE recorda os dados das Contas Nacionais Trimestrais, que apontavam para uma variação homóloga de 0,9% das despesas de consumo final das famílias residentes, em volume, no terceiro trimestre, contra os 1,3% dos três meses anteriores. “O consumo privado em bens não duradouros e serviços acelerou ligeiramente, passando de uma taxa de variação homóloga de 0,4% no segundo trimestre, para 0,6% no terceiro trimestre”, lê-se na Síntese. Mas a componente de bens duradouros registou um forte abrandamento já que passou de um crescimento de 9,4% no segundo trimestre para 3,3% no seguinte.

Mas, em outubro, houve uma diminuição do contributo positivo da componente de consumo corrente e um aumento do contributo positivo da componente de consumo duradouro. E mais uma vez num indicador avançado do desempenho económico, em novembro, as vendas de
automóveis ligeiros de passageiros registaram uma variação homóloga de 3,5%, desacelerando face ao aumento de 10,4% verificado no mês anterior.

“O indicador quantitativo de consumo privado desacelerou ligeiramente em outubro, após ter acelerado no mês anterior”, sublinha o INE e “o indicador de confiança dos consumidores diminuiu entre agosto e novembro, após ter registado em julho o valor máximo desde fevereiro de 2022”.

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