Portalegre não escapa à escassez de alojamento para universitários
Apesar de não estar entre as cidades mais procuradas para arrendamento pelos estudantes universitários, Portalegre tem uma oferta escassa de alojamento em relação à procura.
Apesar de não estar entre as cidades portuguesas mais procuradas para arrendamento pelos estudantes universitários, Portalegre tem uma oferta escassa de alojamento em relação à procura e muitas vezes as condições estão aquém do desejado.
Além da escassez, nem sempre a qualidade acompanha as exigências do mercado, segundo o empresário do ramo imobiliário Duarte Gonçalves. “Pelo que consigo perceber deste tipo de mercado em Portalegre, a taxa de ocupação é máxima, as condições oferecidas nem sempre são as melhores e os valores mensais situam-se entre os 150 e os 175 euros”, disse à Lusa.
De acordo com este empresário, a procura supera a oferta e o negócio existente está nas mãos de particulares, não havendo, por exemplo, uma imobiliária que domine este tipo de mercado na cidade do Alto Alentejo.
Também contactado pela Lusa, o presidente da Associação de Estudantes do Instituto Politécnico de Portalegre (IPP), Jaime Leitão, confirmou que “a oferta é inferior à procura” e que uma grande parte dos imóveis não apresenta condições de habitabilidade satisfatórias.
“Há relatos por parte dos estudantes que indicam que as casas que alugam ou pretendem alugar não apresentam condições, estão velhas, o mobiliário também antigo e as canalizações obsoletas”, disse.
De acordo com Jaime Leitão, também há relatos negativos sobre os valores praticados nos arrendamentos – muitas vezes “não estão adequados” às condições dos imóveis e “uma grande parte” dos senhorios não passa recibos de renda.
“Além desses fatores, também há proprietários de quartos ou apartamentos que não querem alugar os seus espaços a estudantes”, acrescentou.
A residência para estudantes do IPP tem capacidade para cerca de 200 pessoas, estando atualmente com uma taxa de ocupação de 100% e com lista de espera, de acordo com o administrador Antero Teixeira. De acordo com o responsável, os preços praticados na residência variam “entre os 73 e os 110 euros”.
O arrendamento dirigido a estudantes universitários continua caracterizado por uma maior procura do que oferta e com mais quartos no mercado para arrendar do que apartamentos, segundo imobiliárias consultadas pela agência Lusa.
Como cidades mais procuradas pelos estudantes, além das tradicionais Lisboa e Porto, surgem Aveiro, Vila Real, Coimbra, Almada, Setúbal, Braga, Faro, Covilhã e Évora.
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