Parceria entre Câmara de Lisboa e Champalimaud atrasada devido a certificações

Rastreios mamários estavam previstos arrancar em novembro de 2023, mas o prazo foi-se dilatando. CML aguarda as certificações necessárias por parte das entidades competentes para uso do equipamento.

O arranque do protocolo assinado entre a Câmara Municipal de Lisboa (CML) e a Fundação Champalimaud, que vai permitir assegurar rastreios mamários gratuitos às mulheres com menos de 50 anos e residentes na capital, está atrasado devido às certificações e validações necessárias para o equipamento utilizado nestes rastreios.

O protocolo foi assinado entre a autarquia lisboeta e a Fundação Champalimaud a 26 de outubro do ano passado e estava previsto arrancar na primeira quinzena de novembro. Na sessão de assinatura, Carlos Moedas garantiu que os rastreios teriam início “seguramente, até antes do final do ano” e que não seria necessário ter uma prescrição médica.

No entanto, o prazo de arranque foi-se dilatando devido ao facto de câmara ter de fazer algumas pequenas obras de adaptação ao local onde são feitos os rastreios, bem como por estar a aguardar as certificações e validações necessárias por parte das entidades competentes para a utilização do equipamento destinado aos rastreios mamários.

Ao ECO, fonte oficial da CML adianta que as obras “já estão concluídas e prontas a serem utilizadas” e admite que, nesta altura, o atraso se prende com as certificações do equipamento para os rastreios. “A legislação em vigor obriga ao licenciamento e certificação destes locais através da Agência Portuguesa do Ambiente e Entidade Reguladora da Saúde. E é precisamente onde estamos neste momento“, esclarece a autarquia, não se comprometendo, no entanto, com um novo prazo para arranque.

Estes rastreios mamários serão realizados nas instalações dos serviços sociais da autarquia, nas Olaias, e serão feitos de segunda a sexta-feira entre as 8h e as 20h, sabe o ECO. Para marcar a realização dos rastreios, o município vai dispor de uma linha telefónica e um site dedicados ao programa.

O protocolo é dirigido a todas as mulheres com menos de 50 anos que vivam em Lisboa. É válido até 31 de dezembro de 2025 e será avaliado trimestralmente, tendo em vista avaliar e quantificar os rastreios realizados. O objetivo é reforçar o papel na promoção da saúde e na prevenção das doenças, “alargando o âmbito das respostas disponíveis para a população da cidade, incluindo diferentes tipos de rastreios”, segundo um documento consultado pelo ECO.

De acordo com a Liga Portuguesa contra o Cancro, em Portugal são detetados cerca de 7.000 novos casos de cancro da mama por ano e 1.800 mulheres morrem com esta doença. A incidência do cancro em pessoas abaixo dos 50 anos aumentou mais de 80% nos últimos 30 anos, e a mortalidade mais 30%.

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