Deloitte investe em novo campus em Lisboa que vai criar 2.500 empregos
Deloitte vai construir novo centro em Lisboa dedicado à inteligência artificial, cibersegurança e computação quântica. Campus implica investimento de 25 milhões e dará emprego a 2.500 profissionais.
Vai nascer no Largo do Rato, em Lisboa, um novo centro tecnológico da Deloitte, que dará emprego a 2.500 profissionais qualificados. Em causa está um investimento de 25 milhões de euros, segundo explicou esta quinta-feira aos jornalistas António Lagartixo, CEO e managing partner do ramo português dessa consultora, na cerimónia de lançamento da primeira pedra.
“Neste complexo de edifícios, vamos ter não só um conjunto de serviços baseados em tecnologia, mas também um cybersecurity operation center [um centro de cibersegurança] e um network operation center [um centro de operações em rede], que vão funcionar de maneira interligada com a nossa rede de centros de cibersegurança a nível mundial”, revelou o CEO.
O centro, cuja construção deverá estar terminada no fim do próximo ano, será também morada do novo hub da Deloitte dedicado à inteligência artificial generativa, acrescentou o mesmo responsável.
“Estas instalações visam dar um suporte mais adequado aos profissionais que estão no top of the edge“, sublinhou António Lagartixo, detalhando que o novo campus terá cerca de dez mil metros quadrados.
O CEO frisou ainda que este é um “investimento muito significativo da Deloitte em Portugal e, em particular, em Lisboa“. Em termos globais, a Deloitte tem um plano de investimentos de 75 milhões de euros em Portugal, num prazo de cinco anos. Desse montante, 25 milhões serão destinados para o novo campus, que acolherá 2.500 profissionais.
“Temos a ambição que venham a ser novos postos de trabalho“, adiantou o já referido responsável, que explicou também que os empregos em questão deverão ser ocupados “esmagadoramente por talento português. De notar que hoje a Deloitte conta com quase seis mil trabalhadores em Portugal, dos quais quatro mil em Lisboa.
Na cerimónia, esteve ainda presente Sami Rahal, CEO da Deloitte para a Europa Central e África. Destacou Portugal como um “destino atrativo” para os negócios e realçou que Lisboa e Porto são hoje ecossistemas vibrantes, em termos tecnológicos.
Sami Rahal lembrou também que a consultora que lidera tem vindo a fazer vários investimentos em Portugal, apontando como razões para tal a qualidade dos recursos humanos, as boas infraestruturas de comunicação, a fácil conexão a outras geografia e ainda a abertura das equipas para a colaboração.
Já o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, fez questão de salientar que Lisboa é, neste momento, a capital europeia da inovação. “Em dois anos, atraímos 54 empresas de tecnologia de ponta e 12 unicórnios, que criaram trabalho. Todas estas empresas anunciaram a criação de dez mil postos de trabalho“, assinalou.
Confrontado com a escassez de habitações para os trabalhadores, o responsável destacou o trabalho que a câmara tem feito na promoção da habitação acessível e criticou a oposição, por ter bloqueado o novo modelo que incluía os privados. Esta quarta-feira, a discussão da proposta de um novo modelo de parceria público-privada para habitação acessível em Lisboa foi adiada pela liderança PSD/CDS-PP por considerar que não existiam condições para a aprovar.
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