Fim do IVA zero e subida da eletricidade fazem disparar inflação

Taxa de inflação homóloga terá acelerado de 1,4% em dezembro para 2,3% em janeiro, pondo fim a quatro meses consecutivos de abrandamento. Subida dos preços da luz e fim do IVA zero explicam.

Após quatro meses a abrandar, a taxa de inflação terá acelerado para 2,3% em janeiro, uma subida de 0,9 pontos percentuais face à registada em dezembro, de acordo com a estimativa rápida divulgada esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A subida é “em parte explicada pelo aumento de preços da eletricidade e pelo fim da isenção de IVA num conjunto de bens alimentares essenciais”, nota o gabinete.

“Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá aumentado para 2,3% em janeiro de 2024, taxa superior em 0,9 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior“, adianta o INE. O mês de janeiro interrompe, deste modo, o abrandamento de preços que se estava a verificar há quatro meses, depois de a taxa de inflação ter acelerado para 3,7% em agosto à boleia dos combustíveis.

Evolução do índice de preços no consumidor (IPC):

Decompodo os indicadores, o INE nota que a aceleração é “em parte explicada pelo aumento de preços da eletricidade e pelo fim da isenção de IVA” num cabaz de 46 produtos alimentares, que terminou a 4 de janeiro. O impacto do fim desta medida na inflação já tinha sido antecipado pelos economistas ouvidos pelo ECO, bem como pelo diretor-geral da Centromarca.

Neste contexto, o índice relativo aos produtos energéticos terá acelerado, na variação homóloga, de -10,49% em dezembro, para 0,19% em janeiro. Já o índice relativo aos produtores alimentares não transformados terá subido de 1,98% em dezembro, para 3,22% este mês.

Na comparação em cadeia, a variação do IPC em janeiro terá sido praticamente nula (0,05%) face ao registado em dezembro, valor que contrasta com os -0,4% em dezembro de 2023 e -0,9% em janeiro de 2023.

Por outro lado, no que toca ao indicador de inflação subjacente, que exclui os produtos alimentares não transformados e energéticos, esta terá continuado a abrandar para 4,5% em janeiro (contra 4,6% no mês anterior). É o 11.º mês consecutivo de alívio.

Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), que permite a comparação entre países europeus, terá acelerado para 2,6% face a janeiro de 2023, o que contrasta com os 1,9% registados no mês anterior.

Os dados finais serão publicados a 12 de fevereiro.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h42)

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