PCP: posição conjunta com o Governo não precisa de ser renovada durante a legislatura
João Oliveira, líder parlamentar do PCP, salienta que a "posição conjunta pode ter criado algum fetiche", que "se pode ter ido desvanecendo" com o passar do tempo.
O líder parlamentar do PCP diz que a posição conjunta com o Governo não precisa de ser renovada ainda durante a legislatura e salienta que foram tomadas muitas medidas que extravasam este acordo. É o caso do aumento das pensões.
Em entrevista ao Jornal Económico, João Oliveira salienta que a “posição conjunta pode ter criado algum fetiche” que “se pode ter ido desvanecendo” com o passar do tempo. “O fetiche construído com a centralidade da posição conjunta resulta muito do contexto em que o anterior Presidente da República exigia um papel assinado, que dissesse ao que se ia, e o PS assumiu esse esforço para haver”, adianta ainda João Oliveira, salientando que esta solução “tem o seu valor próprio”. Mas “não podemos é ficar limitados por ela”, notou.
João Oliveira deixa, no entanto, a nota: já em 2015 os comunistas avisaram que a duração dos governos, incluindo o atual, “só depende da política que é executada”. Para o líder da bancada parlamentar, “os portugueses já tiveram maiorias absolutas suficientes para perceber que não servem o interesse de ninguém”.
Os portugueses já tiveram maiorias absolutas suficientes para perceber que não servem o interesse de ninguém.
No âmbito do Orçamento do Estado, o PCP já defendeu o aumento — de cinco para dez — dos escalões de IRS e João Oliveira diz estar convencido de que “haverá condições para avançar”. Mas não apoia a taxa sobe empresas com elevada rotatividade de trabalhadores. “Nunca defendemos isso. Não temos nenhuma simpatia por essa ideia porque coloca a predefinição do que é ou não rotação excessiva”, afirma.
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