Custos dos patrões com salários aumentaram 5% em 2023
Custos dos patrões com salários aumentaram 5% em 2023. Já os outros custos (incluindo impostos, contribuições sociais, seguros de saúde e indemnizações por despedimento) subiram 6,4%.
Os custos despendidos pelos empregadores por cada hora trabalhada voltaram a acelerar no último ano. De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2023 os custos do trabalho aumentaram 5,3%, em termos homólogos. Para essa evolução, contribuiu, nomeadamente, a subida de 5% dos custos salariais.
“Em 2021, o Índice de Custo do Trabalho aumentou 5,3% (tinha aumentado 3,2% em 2022), a que correspondem acréscimos de 5% nos custos salariais (3,0% em 2022) e 6,4% nos outros custos (4,1% em 2022)”, sublinha o gabinete de estatísticas, no destaque publicado esta manhã.
Importa explicar que os custos salariais abrangem não apenas o ordenado em si, mas também os prémios e subsídios regulares, o pagamento de trabalho extraordinário e os prémios e subsídios irregulares (como o subsídio de Natal).
Já os outros custos dizem respeito a impostos, contribuições sociais, indemnizações por despedimento e encargos facultativos, como seguro de saúde.
Os dados divulgados pelo INE mostram que foi no setor público que os custos do trabalho mais aumentaram no último ano. Aí a subida homóloga foi de 6% (tinha sido de 1,6% em 2022), enquanto no privado foi de 4,9% (tinha sido de 4,1%).
O último ano foi sinónimo de várias alterações nos salários dos funcionários públicos — isto é, não só aumentos remuneratórios, mas também reforços nalgumas carreiras específicas –, o que ajuda a perceber esta evolução.
Só no quarto trimestre custos dispararam quase 6%
Só no último trimestre de 2023, o Índice do Custo do Trabalho aumentou 5,7% em termos homólogos, acima da variação de 5,1% registada no trimestre anterior. Ou seja, este indicador fechou o ano a acelerar.
“Os custos salariais (por hora efetivamente trabalhada) aumentaram 5,5% e os outros custos (também por hora efetivamente trabalhada) aumentaram 6,8%, em relação ao mesmo período do ano anterior”, detalha o INE.
Contas feitas, o custo médio por trabalhador saltou 6,1% entre outubro e dezembro, tendo esse acréscimo sido transversal a todas as atividades económicas.
(Notícia atualizada às 11h35)
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