Teleperformance aumenta salário base e subsídio de refeição
Para o subsídio de alimentação será aplicada uma subida de cerca de 40%. Salário base também vai subir, mas empresa não detalha quanto.
A Teleperformance garantiu ter em curso um processo de revisão da estrutura de compensação e benefícios, com aumento do salário base e do subsídio de alimentação este ano. No início da semana, os trabalhadores desta empresa anunciaram uma greve para o dia 26 de fevereiro.
“A Teleperformance iniciou há vários meses um processo de revisão da sua estrutura de compensação e benefícios. Em conjunto com uma empresa de consultoria externa, reconhecida pelas suas sólidas credenciais nesta área de estudo em Portugal, foi realizada uma análise detalhada relativa aos rendimentos e benefícios dos trabalhadores da Teleperformance Portugal”, lê-se numa nota divulgada pela empresa.
Neste sentido, no corrente ano, a empresa inicia a implementação do seu plano, com o aumento do salário base. Para o subsídio de alimentação será aplicada uma subida de cerca de 40%.
A empresa disse ainda dispor de mecanismos para que os seus colaboradores forneçam ‘feedback’.
“Desta forma, entre outras, procura assim reforçar o seu compromisso com a melhoria contínua dos seus processos, políticas internas e para com o bem-estar dos seus colaboradores”, vincou.
Os trabalhadores da Teleperformance convocaram uma greve para 26 de fevereiro, depois do anúncio de uma “revisão da estrutura salarial”, anunciou, na segunda-feira, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (Sinttav).
Na nota, o sindicato disse que no dia 07 de fevereiro “organizou plenários online (em português e inglês) para os trabalhadores da Teleperformance, no seguimento do que a administração da empresa em Portugal anunciou como ‘revisão da estrutura salarial'”.
Para o sindicato, isto é “um eufemismo”, que, tendo em conta “a enorme participação nos plenários de dia 07, que juntaram ambos quase 500 trabalhadores, não enganou ninguém”.
O sindicato denunciou metas “impossíveis de atingir, trabalhadores a acumularem várias funções sem devida formação/compensação”, quando o vencimento base de muitos trabalhadores “se mantém no salário mínimo ou muito perto”.
Para o Sinttav, esta reestruturação “não passa de cortes nos prémios de campanha, staff, bónus de língua, entre outros”, com “o único objetivo de aumentar ainda mais os dividendos de administradores e acionistas”.
O sindicato exige “progressão salarial” compatível com a “antiguidade, com o aumento do custo de vida, e com os lucros da empresa”.
Notícia atualizada às 18h16, com o esclarecimento de que o processo de revisão foi iniciado há vários meses, e não na sequência da greve
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