Ursula von der Leyen pede aos 27 apoio na produção de material de defesa
Presidente da Comissão Europeia considera que Bruxelas precisa de garantir que a indústria de defesa do bloco tem capacidade para responder à crescente ameaça geopolítica.
A presidente da Comissão Europeia (CE) considera que Bruxelas deve incentivar a indústria de defesa europeia a aumentar a produção de armamento, à semelhança do que fez com a produção de vacinas contra a Covid-19, ou durante a crise energética, em 2022, altura em que os 27 Estados-membros avançaram com as compras conjunta de gás natural liquefeito.
“Temos de gastar mais, temos de gastar melhor, temos de gastar a nível europeu“, afirmou von der Leyen, em entrevista ao Financial Times, esta sexta-feira, sublinhando que a situação mundial tem vindo a tornar-se “cada vez mais difícil“.
As declarações surgem num mês em que o plano para reforçar o complexo industrial militar da Europa, face às crescentes ameaças da Rússia depois da invasão da Ucrânia, em 2022, deverá ser apresentado, ainda que necessite, posteriormente, de aprovação individual dos 27 Estados-membros — sobretudo de países como a Hungria que poderá resistir aos esforços da CE de centralizar as decisões sobre os investimentos na defesa.
“Temos um mercado de defesa muito fragmentado e isso tem de mudar”, afirmou a presidente do executivo comunitário. “Qual é a competência da Comissão Europeia? É a indústria. Esta é a nossa atividade principal. Somos um facilitador, não um comprador”, vincou no dia em que decorre a Conferência de Segurança de Munique. A responsável frisou ainda que Bruxelas precisa de garantir que a indústria de defesa do continente tem capacidade de responder à crescente ameaça geopolítica.
O apelo de von der Leyen surge depois de os membros da NATO, a maioria dos quais pertencentes à UE, terem acordado gastar, em conjunto, um valor recorde de 380 mil milhões de dólares este ano em defesa.
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