PCP critica Governo pelos cortes na Caixa
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, disse hoje que o Governo "não andou bem" no processo de recapitalização da CGD que prevê o despedimento de trabalhadores e o fecho de balcões.
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, disse hoje que o Governo “não andou bem” no processo de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) que prevê o despedimento de trabalhadores e o encerramento de balcões.
“Não andou bem o governo do PS nesta matéria [da CGD] e andou também muito mal quando entregou o Banif ao maior banco espanhol a preço de saldo e com pesados encargos para o erário público e o Novo Banco a um fundo de investimento americano, ao mesmo tempo que adiava o prazo de pagamento da banca privada de 4,9 mil milhões de euros ao fundo de resolução do BES, por 30 anos”, afirmou o líder comunista.
"Não andou bem o governo do PS nesta matéria [da CGD] e andou também muito mal quando entregou o Banif ao maior banco espanhol a preço de saldo e com pesados encargos para o erário público e o Novo Banco a um fundo de investimento americano, ao mesmo tempo que adiava o prazo de pagamento da banca privada de 4,9 mil milhões de euros ao fundo de resolução do BES, por 30 anos.”
Jerónimo de Sousa falava em Seia, no distrito da Guarda, num almoço da Coligação Democrática Unitária (CDU), que juntou cerca de 200 militantes, após a presidente da Junta de Freguesia de Almeida, Fátima Gomes (CDU), ter falado da luta da população contra o encerramento do balcão local da CGD.
No seu discurso disse que “para o capital há sempre tempo e espaço, para aqueles que hoje lutam pelos seus direitos e interesses, como a população de Almeida, isso aí atrasa, atrasa, atrasa sempre”.
“Defendemos a recapitalização da Caixa como uma necessidade estratégica para a sua defesa e desenvolvimento como banco público ao serviço do povo e do país, mas não poderíamos, nem podemos aceitar um plano de reestruturação assente em centenas de despedimentos e no encerramento de dezenas de balcões“, afirmou o líder do PCP.
“As dificuldades por que tem passado a Caixa não estão no número de balcões, nem no número de trabalhadores. Essas dificuldades têm origem na forma como foi gerida a carteira de crédito, nos créditos concedidos aos amigalhaços, sem nenhuma garantia de reembolso, nos negócios ruinosos, como aconteceu com o negócio de Espanha, entre outros”, afirmou Jerónimo de Sousa.
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