IL critica manifestação não autorizada de polícias. “É uma irresponsabilidade”

Rui Rocha defendeu que a manifestação ilegal dos polícias à porta do Capitólio, na última segunda-feira, é uma irresponsabilidade. "Não contem connosco para pôr a segurança dos portugueses em causa."

O presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, juntou-se às críticas aos protestos realizados pelos polícias à porta do Capitólio, onde decorreu o debate eleitoral entre Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro, na última segunda-feira. O candidato considerou este ato como uma “irresponsabilidade” e considerou normal que haja um inquérito para apurar as circunstâncias desta manifestação não autorizada.

É uma irresponsabilidade, não contem connosco para pôr a segurança dos portugueses em causa“, disse de forma perentória Rui Rocha, num comentário em relação ao protesto que decorreu no início desta semana, do lado de fora do edifício onde os principais candidatos a primeiro-ministro debatiam as suas propostas para o país.

A falar à margem da conferência da CIP, que decorre no Porto, Rui Rocha destacou que “o que se conhece é que essa manifestação não estava autorizada. Parece-me normal que haja um inquérito para apurar as circunstâncias em que essa manifestação ocorreu”.

O político acrescentou ainda que tem “compreensão total com a situação dos polícias, mas tem que ser manifestada dentro da legalidade”.

Rui Rocha aproveitou ainda para atacar o candidato socialista, Pedro Nuno Santos, associando-o à situação em que o país se encontra. “A situação a que o PS conduziu o país é essa sim uma bagunça. Uma bagunça em que não há médicos de família para um milhão e meio de portugueses, ter idosos numa fila à porta de centros de saúde para um senha para uma consulta, uma escola sem professores, uma bagunça um país onde os jovens não podem esperar outra coisa que não seja emigração.”

“Foi o PS de Pedro Nuno Santos que hipotecou uma maioria absoluta com uma bagunça de saídas de governantes, um dos quais foi Pedro Nuno Santos. Não há nenhuma legitimidade em Pedro Nuno Santos, responsável pelo estado do país, responsável pela bagunça que esteve à vista de todos de um governo que está a terminar funções. É preciso é de Pedro Nuno Santos um exame de consciência”, considerou.

Em relação ao debate em torno da retenção de talento, o tema que o levou àconferência, Rui Rocha argumenta que “a forma mais imediata virada para as pessoas [para premiar o mérito] é baixar significativamente o IRS”. “Quem se esforça, tem de chegar ao fim do mês e ter mais dinheiro no bolso. Quem se esforça em Portugal tem que ser justamente compensado”, defende.

Quanto aos salários, Rui Rocha acredita que esse aumento vem com a dinamização da economia, “promovendo melhores condições para as empresas, para as portuguesas poderem crescer e para as internacionais se poderem fixar em Portugal. “Claro que Portugal precisa de melhores salários, mas não se aumentam salários por decreto, aumentam-se salários com a economia a crescer.”

Na conferência perante uma plateia de empresários, Rui Rocha deixou uma mensagem clara: “Não se enganem, só há uma maneira de reter esses jovens: é aumentando os salários“.

Mas, se subir salários e criar projetos desafiantes, com perspetivas de evolução de carreira, é tarefa das empresas, para o Estado fica a missão de melhorar “as condições de contexto”, com Rui Rocha a defender uma redução de impostos para as empresas, através do IRC, e para os trabalhadores, via IRS.

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