Solução para os lesados do BES parada no Parlamento
A proposta de lei que permite a criação do fundo para os lesados do papel comercial do BES está parada. Encravou na Assembleia da República.
Os lesados do BES podem ter de esperar um pouco mais para começarem a receber parte dos valores aplicados no papel comercial do banco que foi alvo de resolução em 2014. É que a proposta de lei que permite a criação do fundo para os lesados do papel comercial do BES está parada. Encravou na Assembleia da República.
A realização de várias jornadas parlamentares de partidos em maio, que encolheram o tempo de discussão em plenário, é a razão apresentada para o atraso, que reduziu a janela para que este processo fique fechado até ao verão, de acordo com o Público. Depois da conferência de líderes na semana passada poucos foram os buracos na agenda a sobrar, o que faz com que a discussão da proposta possa só acontecer depois das autárquicas.
"Não nos passa pela cabeça que a Assembleia da República feche para férias e que estas pessoas passem, pelo terceiro verão consecutivo, um período de extrema ansiedade e dificuldade, sem solução para o problema.”
Este atraso vem assim comprometer o calendário definido, que previa o pagamento da primeira de três tranches no final de junho ou início de julho. “Não nos passa pela cabeça que a Assembleia da República feche para férias e que estas pessoas passem, pelo terceiro verão consecutivo, um período de extrema ansiedade e dificuldade, sem solução para o problema. E atenção, no final de julho, princípio de agosto, as pessoas contam ter a primeira tranche nas suas contas”, diz Luís Miguel Henrique representante dos lesados.
“Tenho a garantia que esta semana estará agendada [a votação] para que se inicie todo o processo legislativo, que será rápido, porque CMVM e Banco de Portugal fizeram parte do grupo de trabalho que preparou tudo. O que se segue, a criação do fundo, a emissão da garantia, a contratação do financiamento, tudo isso está parado. E com algum esforço de todos, acredito que consigamos cumprir os prazos”, nota ao jornal.
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