Insegurança em Portugal? “Cada um dramatiza aquilo que entende que é útil para a obtenção de votos”, responde Marcelo
Presidente comentou declarações de Passos Coelho, que associou imigração a insegurança. "Na hora da verdade, os portugueses dirão se valeu ou não a pena" a dramatização, disse.
“Nós precisamos de ter um país aberto à imigração, mas cuidado, que precisamos também de ter um país seguro.” Estas declarações marcaram o regresso de Pedro Passos Coelho à cena política, na segunda-feira, que logo foram recebidas por um coro de críticas, sobretudo da esquerda partidária.
Esta quarta-feira, o Presidente da República foi questionado sobre as palavras polémicas proferidas pelo antigo primeiro-ministro e ex-presidente do PSD, que associou imigração a insegurança. “Cada um, naturalmente, dramatiza aquilo que entende que é útil para a obtenção de votos”, respondeu Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando que, “na hora da verdade, os portugueses dirão se valeu a pena ou não“.
Falando aos jornalistas à saída da BTL, que arrancou esta quarta-feira em Lisboa, Marcelo fugiu a comentar diretamente qualquer candidatura às eleições de 10 de março, evitando também dizer a sua opinião acerca da alegação de que o crescimento da imigração aumenta a insegurança, pois “tudo aquilo que dissesse entrava no clima de campanha eleitoral”. “Cada um defende os seus pontos de vista e os demais que discordam, discordam”, limitou-se a dizer.
Ainda assim, o chefe de Estado sublinhou que a campanha pré-eleitoral não teve início apenas no último domingo, mas sim “há quatro meses e meio”, com os portugueses a assistirem, através da cobertura feita pelos órgãos de comunicação social, a congressos, convenções, apresentação de programas e debates.
“Portanto, ao fim de tanto tempo, os portugueses sabem exatamente o que é que pensam em relação aos candidatos. Acho que estão esclarecidos”, considerou Marcelo Rebelo de Sousa, adiantando que ele mesmo está esclarecido e vai votar antecipadamente.
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