S&P: Recuperação de Portugal “é impressionante”. Falta saber “se é sustentável”
o economista chefe da agência de notação financeira reconhece a evolução da economia portuguesa, mas questiona o elevado endividamento do país.
Depois da saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo (PDE), têm sido várias as figuras a apelar a uma subida do rating do país. Mas as agências de notação financeira ainda não estão convencidas e querem mais provas de que o país merece sair do lixo. É o caso da Standard & Poor’s, que, antes de rever o rating que mantém no lixo desde janeiro de 2012, ainda quer avaliar a sustentabilidade do crescimento da economia portuguesa.
“A recuperação da economia portuguesa é impressionante, mas ainda é preciso perceber se é sustentável”, diz ao DN/Dinheiro Vivo o economista chefe da agência, Jean-Michel Six, que esteve em Portugal para a cimeira Horasis.
"[É preciso] avaliar a sustentabilidade desse crescimento no médio prazo e o impacto que terá no endividamento do país, em particular na dívida pública, que ainda é demasiado elevada.”
No primeiro trimestre, a economia portuguesa cresceu 2,8% e o Governo aponta para um crescimento superior a 3% no segundo trimestre. Contudo, ressalva o economista ao mesmo jornal, é preciso “avaliar a sustentabilidade desse crescimento no médio prazo e o impacto que terá no endividamento do país, em particular na dívida pública, que ainda é demasiado elevada”.
Jean-Michel Six reconhece que os dados mais recentes do crescimento económico e do emprego apontam para uma “reviravolta”, mas destaca também o “clima de recuperação geral que se vive no resto da Europa”. Espanha é exemplo disso e o economista espera que Portugal siga o exemplo do país vizinho. “A economia espanhola começou a recuar em 2013 e atingiu níveis muito baixos, mas agora temos provas de que a recuperação é consistente. Temos a mesma esperança para a economia portuguesa”, sublinha.
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