Socialistas criticam nova comissão executiva da CGTP. “Não representa a pluralidade”

Socialistas consideram que nova comissão executiva da CGTP não representa "pluralidade do mundo do trabalho". Pela primeira vez desde 1977, esse órgão não conta com elementos dessa tendência.

A Corrente Sindical Socialista da CGTP fez duras críticas esta quarta-feira à composição da nova comissão executiva dessa central sindical, argumentando que esta “não representa a pluralidade que existe no mundo do trabalho”. Pela primeira vez desde 1977, este órgão não conta com elementos da tendência socialista.

“A comissão executiva da CGTP-IN, eleita no XV Congresso, reuniu a 04 de Março, pela primeira vez, amputada da ampla representação do mundo do trabalho. Esta é uma Comissão Executiva que não representa a pluralidade que existe no mundo de trabalho”, sublinha o secretariado nacional da Corrente Sindical Socialista da CGTP, numa nota enviada esta quarta-feira às redações.

No congresso que decorreu no início de março, os socialistas excluíram-se do órgão em questão, em protesto contra a corrente maioritária que travou o alargamento da participação da tendências minoritárias.

Ao Público, Fernando Gomes, porta-voz dos socialistas, explicou que os socialistas defendiam que o número de representantes da sua tendência devia passar de cinco para seis (bem como a entrada de sindicalistas do Bloco de Esquerda), mas a corrente do PCP travou-o. Em reação, os socialistas recusaram integrar a comissão executiva.

Por isso, na nota enviada esta quarta-feira, a Corrente Sindical Socialista da CGTP salienta que, “ao não incluir na sua composição sindicalistas de todas as correntes de opinião político-ideológicas das esquerdas que existem“, a nova composição da comissão executiva “está amputada da realidade político-ideológica e sindical vivida pelos trabalhadores e trabalhadoras”.

“Estes equilíbrios político-ideológicos nos órgãos são absolutamente necessários e sempre existiram desde 1977, porque, no mundo do trabalho, há diversidade e pluralismo ideológico entre os trabalhadores e as trabalhadoras“, defendem os socialistas.

Assim, garantem continuar abertos para “resolver este problema, por forma a que a CGTP-IN saia deste processo mais coesa e forte, para combater os projetos reacionários da direita e extrema-direita”.

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