Gasóleo desce 1,5 cêntimos para a semana. Mas a gasolina não mexe
A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,615 euros por litro de gasóleo simples e 1,734 euros por litro de gasolina simples 95. Diesel já desce pela terceira semana.
Os preços dos combustíveis vão ter um comportamento diferenciado na próxima semana. O gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, deverá descer 1,5 cêntimos a partir de segunda-feira, mas a gasolina não deverá sofrer alterações, disse ao ECO uma fonte do setor.
Quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,615 euros por litro de gasóleo simples e 1,734 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). Os preços do diesel vão entrar assim na terceira semana de descidas.
Estes valores já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis. A redução de impostos determinada pelas medidas atualmente em vigor é de 25 cêntimos por litro de gasóleo e de 26 cêntimos por litro de gasolina.
Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent à sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. É ainda de recordar que os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.
Esta semana, os preços do gasóleo desceram um cêntimo e os da gasolina subiram 0,7 cêntimos, abaixo da expectativa do mercado, que apontava para uma descida de 1,5 cêntimos e uma subida de um cêntimo, respetivamente.
O preço do brent, que serve de referência para o mercado europeu, está a descer 0,54% esta sexta-feira, para 82,51 dólares por barril. Os preços do crude continuam intimamente ligados à linguagem dos bancos centrais, como dizia à Reuters o analista da PVM, John Evans, já que uma redução dos juros ajudará a aumentar a procura pelo ouro negro através do impulso do crescimento económico.
Mas a presidente do BCE na quinta-feira voltou a sinalizar que a descida da taxa diretora poderá surgir apenas em junho e o presidente da Reserva Federal norte-americana disse que o banco central “não estava longe” de ganhara a confiança necessária de que a inflação está a desacelerar o suficiente para iniciar a descida dos juros.
A travar a evolução dos preços estão as declarações da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) que considera que o mercado está “relativamente bem fornecido” de crude em 2024 e que a procura está a abrandar. “Dependendo do ritmo do crescimento da procura de petróleo no futuro, a força da procura no verão, quaisquer cortes, consideramos que o mercado está relativamente bem fornecido este ano”, disse à Reuters, Toril Bosoni, chefe da divisão de mercados petrolíferos e indústria.
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