Só o metro ainda tem menos passageiros do que antes da pandemia
No ano passado, todos os transportes viram subir o número de passageiros face a 2022. No entanto, quando comparados com os níveis pré-pandemia, o metro ficou ainda abaixo dos números de 2019.
Em 2023, todos os transportes viram subir o número de passageiros face a 2022, mas quando comparados com os níveis pré-pandemia, o metro ficou abaixo dos números de 2019, revelam dados preliminares publicados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo o INE, em termos homólogos, todos os transportes de passageiros cresceram a dois dígitos. O aéreo aumentou 18,9%, o comboio 16,7%, o metropolitano subiu 20,5% e o fluvial cresceu 21,5%. Face a 2019, registaram-se variações de 12,3% nos aviões, de 14,2% no comboio, uma redução de 2,7% no metro e uma subida de 2,6% nos barcos.
No que toca ao transporte de mercadorias, os resultados do INE indicam uma estabilização do transporte por via aérea, subindo apenas 0,1% face a 2022, e uma redução por via marítima. Face a 2019, “registaram-se variações de +5,9% e -5,1%, pela mesma ordem”, refere o INE. Por via terrestre, nas mercadorias, “o transporte ferroviário aumentou 0,5%, situando-se em 9,4 milhões de toneladas, e o transporte rodoviário decresceu 9,7% para 129,5 milhões de toneladas. Em ambos os casos não se registou ainda uma recuperação face a 2019 (-3,5% e -16,1%, respetivamente)”, revelam ainda os dados do INE.
No total, em 2023, o número de passageiros nos barcos cresceu e fixou-se em 23,4 milhões, mas no que toca ao transporte de mercadorias foi registada uma redução de 4,8% das movimentações nos portos marítimos nacionais face a 2022. Uma redução que acontece depois do crescimento homólogo de 2,3% registado em 2022 e corresponde a uma redução de 5,1% face a 2019.
O número de passageiros transportados por comboio atingiu os 200,1 milhões (dos quais 184 milhões no transporte ferroviário suburbano) e o total de passageiros transportados no metropolitano superou os 262,8 milhões, dos quais 165,8 milhões no de Lisboa e 79,1 milhões no do Porto somando-se ainda 17,9 milhões no metro Sul do Tejo.
Nos dez aeroportos nacionais, em 2023, o número de aviões que aterraram atingiu um total de 243,8 mil, subindo 12% em termos homólogos. À boleia deste crescimento também o número de passageiros subiu para 67,5 milhões em 2023, refletindo um crescimento de 18,9% face a 2022. Comparando com 2019, registaram-se crescimentos de 7% no número de aeronaves aterradas, 12,3% no número de passageiros movimentados.
Do total de passageiros, o tráfego internacional aumentou 19,9% e abrangeu 81,5% do universo que circulou nos dez aeroportos nacionais. Entre os cinco principais países de origem e de destino dos voos internacionais, não foram registadas alterações face ao ano anterior. “O Reino Unido manteve-se o principal país de origem e de destino dos voos, seguindo-se França, a Espanha, a Alemanha e Itália”, lê-se na nota do INE.
Os dados do INE revelam ainda o embarque e desembarque de carga e correio totalizou 223 mil toneladas, valor semelhante ao registado no ano anterior (+0,1%; +16,9% em 2022), ficando acima em 5,9% na carga e correio movimentado em 2019.
Quanto ao transporte por oleoduto, em 2023 aumentou 8% face ao ano anterior (+28,3% em 2022; +1,8% face a 2019). No transporte de gás por gasoduto verificaram-se decréscimos na entrada (-15,8%; -4,3% em 2022; -22,2% face a 2019) e na saída (-15,6%; -7,5% em 2022; -24,2% comparando com 2019).
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