Montenegro mantém “não” ao Chega e espera indigitação de Marcelo para começar a governar

Líder da Aliança Democrática aguarda para que o Presidente da República o indigite para formar Governo. E sobre uma coligação com o Chega mantém a nega: "Cumprirei a minha palavra".

O líder da Aliança Democrática garantiu que não irá recuar no “não é não” respondido ao Chega em matéria de coligação, sublinhando que perante os resultados eleitorais “irá respeitar a vontade dos portugueses“.

Assumi dois compromissos na campanha e naturalmente cumprirei a minha palavra. Nunca faria tamanha maldade de incumprir o meu compromisso”, prometeu Luís Montenegro perante os simpatizantes e militantes do PSD, CDS-PP e PPM na sala de imprensa do Epic Sana Hotel, local que escolheu para acompanhar a noite eleitoral.

Parece incontornável que a AD ganhou as eleições e que o PS perdeu as eleições“, começou por afirmar no seu discurso de vitória, sublinhando que a “vontade dos portugueses” ficou expressa perante um resultado eleitoral que embora reflita uma vitória da coligação, ainda aguarda pelo apuramento dos votos da comunidade portuguesa, dentro e fora da Europa. À hora destas declarações restava ainda uma freguesia por apurar e entre o PS e a AD, a diferença era de um mandato. Mas a AD venceu as eleições ao eleger 79 deputados depois de apurados os resultados nas 3.092 freguesias do país. Contando os votos da Madeira onde PSD e CDS foram coligados sem o PPM, a AD recolheu 1.810.871 votos (29,49%). Já o PS conquistou 1.759.937 votos (28,66%) elegendo um total de 77 deputados.

Ainda assim, a expectativa de Montenegro é de que o resultado eleitoral não sofra alterações e que, nos próximos dias, o Presidente da República o convide a Belém para o “indigitar para formar Governo.”

“A mudança vai-se cumprir com um novo primeiro-ministro, novo Governo e novas políticas. Sabemos que o desafio é grande e que vai exigir grande sentido de responsabilidade, grande capacidade de diálogo e tolerância democrática, mas temos de dar ao país e cumprir a base do programa que foi hoje sufragado”, continua Montenegro.

No discurso de vitória, Luís Montenegro aproveitou para apelar à “responsabilidade” de todos os partidos com assento parlamentar, sobretudo do PS, argumentando que o partido liderado por Pedro Nuno Santos “teve muito menos votos e muito menos mandatos”.

“A minha expectativa é que estejamos todos à altura daquilo que é servir o interesse do país e o interesse do povo português. O que se pede ao PS é que respeite a vontade do povo português. A minha expectativa é que o PS e o Chega não constituam uma maioria negativa para impedir o Governo da AD”, apelou.

Quanto à orgânica do futuro Executivo, Luís Montenegro não revela se o CDS, o PPM, ou até mesmo a Iniciativa Liberal farão parte da solução. “Teremos oportunidade de falar com o Presidente da República. Nessa altura irei esclarecer esses e outros assuntos que tenham que ver com a orgânica do futuro Governo.

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