Wall Street no vermelho com peso da banca e das energéticas

Os principais índices bolsistas norte-americanos fecharam a sessão no vermelho, mas o balanço mensal é positivo. O S&P 500 teve o melhor mês desde fevereiro.

Wall Street arrancou bem, mas acabou por terminar no vermelho. As ações norte-americanas fecharam esta quarta-feira em terreno negativo, pressionadas sobretudo pela queda dos títulos do setor financeiro. As perdas ligeiras acumuladas na sessão não impediram, contudo, que as ações norte-americanas registassem, em maio, o melhor desempenho dos últimos três meses.

O S&P 500 fechou a última sessão a perder 0,05%, para os 2.411,8 pontos, registo que permite ao índice que agrega as 500 maiores capitalizações bolsistas dos EUA fechar o mês de maio com uma subida ligeiramente superior a 1%. Trata-se do melhor registo mensal desde fevereiro deste ano, mês em que o S&P 500 somou 3,72%. Já o índice Nasdaq recuou 0,08% nesta quarta-feira para encerrar a cotar nos 6.198,52 pontos.

O setor financeiro foi o principal responsável pelas perdas registadas nesta sessão, depois de o JP Morgan e o Bank of America terem alertado para as fracas receitas no trimestre atual. De salientar que o setor financeiro disparou 20%, à boleia da onda das eleições presidenciais norte-americanas, expectantes relativamente aos estímulos orçamentais e à desregulação sob a bandeira da presidência de Donald Trump. Contudo, perderam fôlego nas últimas semanas.

“É simplesmente a confiança dos investidores nas políticas de Trump que está a diminuir”, afirmou Lindsey Bell, estratega de investimentos da CFRA Research, em Nova Iorque, citada pela Reuters.

As ações do JP Morgan recuaram mais de 2% nesta sessão, enquanto as do Goldman Sachs perderam em torno de 2,5%. Já o Bank of America deslizou cerca de 3,5% em bolsa.

A acentuada desvalorização dos preços do petróleo também pressionou os títulos das energéticas. O barril de crude recuou 2,88%, para os 48,23 dólares, enquanto o do brent deslizou 2,95% até aos 50,31 dólares.

De salientar ainda o livro bege, divulgado esta quarta-feira pela Fed, onde é revelado que vários setores de atividade — da indústria ao imobiliário — continuam a crescer de forma lenta. Também a inflação mantém a tendência de evolução lenta.

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