Chumbo da compra da Nowo “inviabiliza reforço do investimento da Vodafone” em Portugal
Operadora discorda da opção tomada pela Autoridade da Concorrência e diz que, a efetivar-se o chumbo à compra da Nowo, tal "inviabiliza o reforço do investimento da Vodafone" em Portugal.
A Vodafone Portugal lamentou esta segunda-feira que a Autoridade da Concorrência (AdC) se prepare para chumbar a compra da Nowo e avisou que, “a confirmar-se, inviabiliza o reforço do investimento da Vodafone no mercado nacional”.
Minutos depois de o ECO ter avançado, em primeira mão, que a AdC tinha adotado um projeto de decisão de oposição à operação, a Vodafone veio “discordar” da opinião do regulador, confirmando que, se a mesma se efetivar, como se espera, a compra da Nowo não se poderá concretizar, perdendo-se “uma oportunidade para reforçar o nível de competitividade do mercado, que traria claros benefícios para os clientes e para o setor”.
“Ao longo de todo o processo, que se prolonga há cerca de um ano e meio, a Vodafone esclareceu sempre todas as dúvidas e procurou responder às preocupações levantadas pela AdC, com a apresentação de pacotes de compromissos. Se aceites, estes teriam permitido mitigar qualquer eventual reforço de posição no mercado, protegendo os consumidores dentro e fora do atual footprint da Nowo”, diz fonte oficial da operadora.
“Não obstante, a AdC decidiu recusar as medidas propostas, no que se distancia surpreendentemente da prática consolidada da Comissão Europeia, que ainda há poucas semanas aprovou em Espanha uma operação de muito maior dimensão aceitando um pacote de compromissos substancialmente mais leve.
Perante este provável desfecho, fonte oficial da Vodafone diz que o chumbo da compra da Nowo ameaça a aposta do grupo britânico no país: “O projeto de decisão agora conhecido, cujos fundamentos a Vodafone se encontra a analisar, a confirmar-se, inviabiliza o reforço do investimento da Vodafone no mercado nacional e é uma oportunidade desperdiçada para aumentar o nível de competitividade e inovação no mercado”.
O chumbo da operação de concentração em Portugal dá-se numa altura em que o Grupo Vodafone enfrenta uma reorganização a nível internacional, depois da venda das subsidiárias em Espanha, à Zegona, e em Itália, à Swisscom. Desde meados deste mês, o grupo passou a contar com cinco divisões — Alemanha, Mercados Europeus, África, Vodafone Empresas e Vodafone Investimentos. Ahmed Essam assumiu o cargo de chairman da Vodafone Alemanha e líder da nova divisão de Mercados Europeus, a quem responde Luís Lopes, CEO da Vodafone Portugal.
(Notícia atualizada pela última vez às 13h20)
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