Grécia escapa à recessão por um triz. PIB cresce 0,4%

O FMI está mais pessimista do que Wolfgang Schäuble sobre a economia grega, o que está a atrasar as negociações da nova tranche. Esta sexta-feira o PIB no 1º trimestre foi revisto em alta.

As boas notícias para a economia não chegam apenas a Portugal. Na Grécia — país que continua num processo de ajuda externa — a economia cresceu no primeiro trimestre 0,4%, uma revisão em alta do gabinete de estatística grego feita esta sexta-feira. Inicialmente a estimativa assinalava um início de ano fraco, com a economia a recuar 0,1%, o que significaria que o país voltaria ao estado de recessão.

A revisão em alta do crescimento económico grego é um bom sinal, ainda que tímido, e deixa o país fora do termo técnico de recessão — a economia a recuar dois trimestres seguidos –, dando melhores sinais para Alexis Tsipras nas negociações com o Fundo Monetário Internacional e a Comissão Europeia. No último trimestre do ano passado a economia recuou 1,2%.

O gabinete de estatísticas grego explica que a revisão é justificada pela falta de informação detalhada na altura da primeira estimativa, cuja divulgação aconteceu 45 dias após o fim do primeiro trimestre.

Desde o final de 2013 e o início de 2015 que a economia grega deixou de estar em recessão, ainda que tenha registado trimestres de taxas de variação negativas. Esta revisão em alta da variação da economia no início de 2017 é positiva para o país, mas continua a ficar abaixo do ritmo de crescimento económico da Zona Euro. A subida de 0,4% pode também ajudar a Grécia a conquistar mais confiança perante os atrasos que têm existido em chegar a um acordo com os seus credores.

A Grécia continua a aguardar pela nova tranche do plano de resgate para evitar que o país entre em incumprimento de uma série de reembolsos que têm de ser amortizados em julho (cerca de 7,3 mil milhões de euros). No dia 16 de junho haverá nova reunião entre os credores e o Governo grego.

Esta semana, o ministro das Finanças alemão afirmou que o Fundo Monetário Internacional está a ser muito pessimista quanto à evolução grega. “Estamos a discutir com o FMI sobre qual é a estimativa de crescimento correta para a Grécia nos próximos 40 e 50 anos“, explicou Wolfgang Schäuble, revelando que a entidade liderada por Christine Lagarde não está preparada para assumir que a Grécia conseguirá crescer mais do que 1% por ano nos próximos 40 anos. Se o crescimento for inferior a essa meta, o país não terá como ter mais receita para pagar a sua dívida.

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