Banco de Portugal pressiona Santana Lopes a entrar no Montepio
O governador do Banco de Portugal apela ao "interesse nacional" de uma parceria entre a Santa Casa e o Montepio, apontando para a importância de existir um banco privado de capital nacional.
O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, está a pressionar Pedro Santana Lopes, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), para que este dê luz verde à entrada da instituição no capital do Montepio Geral, avança o Expresso (acesso pago).
Já na sexta-feira, o Público tinha noticiado que os responsáveis da Santa Casa e do Montepio estiveram reunidos, na semana passada, com o Banco de Portugal para discutir os termos da possível parceria entre as duas instituições. O plano passa pela criação de uma sociedade veículo, participada pelas Santas Casas de Lisboa e do Porto e por uma entidade não bancária, mas também pela criação de instrumentos financeiros que permitiriam à Santa Casa não entrar já no capital do Montepio.
Uma solução alternativa seria a Santa Casa de Lisboa comprar as unidades de participação do Caixa Económica Montepio Geral que são detidas pela Associação Mutualista; a liquidez conseguida com esta operação permitiria o aumento de capital do Montepio que o Banco de Portugal pode vir a exigir.
Agora, o Expresso vem escrever que a intenção do regulador é mesmo que a Santa Casa feche a parceria com o grupo Montepio. “A pressão é fortíssima e vem cada vez mais de cima”, diz ao semanário fonte ligada ao processo. A decisão da Santa Casa deverá ser tomada até ao final de julho, acrescenta o mesmo jornal.
Carlos Costa estará a apresentar dois argumentos a Santana Lopes: primeiro, a importância de existir um banco privado de capital nacional; depois, as vantagens de essa instituição ter uma ligação ao setor social e uma sensibilidade às pequenas e médias empresas. Está assim em causa o “interesse nacional”, terá argumentado o governador.
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