Santa Casa discute parceria com Montepio. Regulador avalia contas do banco
O regulador está a avaliar os rácios da Caixa Económica e poderá vir a exigir um aumento de capital. Enquanto isso, discute-se uma possível entrada da Santa Casa no grupo Montepio.
A possível parceria entre a Santa Casa e o Montepio está a conhecer novos desenvolvimentos. O Público (acesso condicionado) escreve, esta sexta-feira, que os responsáveis de ambos os lados estiveram reunidos com o Banco de Portugal para discutir os termos desta parceria. Ao mesmo tempo, o regulador está a avaliar as contas do Montepio, antes de decidir se o banco terá de fazer um aumento de capital.
Os encontros decorreram na semana passada. O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Pedro Santana Lopes, reuniu-se, na sexta-feira, com responsáveis do Banco de Portugal para discutir os termos da possível parceria. Conforme explicou o Público no mês passado, o plano passa pela criação de uma sociedade veículo, participada pelas Santas Casas de Lisboa e do Porto e por uma entidade não bancária, mas também pela criação de instrumentos financeiros que permitiriam à Santa Casa não entrar já no capital do Montepio.
Na véspera do encontro com o Banco de Portugal, Santana Lopes esteve com o presidente da Associação Mutualista, Tomás Correia. Por seu lado, Tomás Correia e Félix Morgado, presidente da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG), também se reuniram com responsáveis do regulador da banca, no âmbito do processo de reestruturação do grupo Montepio.
Segundo o mesmo jornal, as reuniões terão abordado três temas: o envolvimento da Santa Casa no grupo Montepio; a redefinição do modelo de negócio da Caixa Económica, mais orientado para servir as entidades da economia social; e a avaliação do perfil de risco e os exames à solidez do banco.
Ao Público, o Banco de Portugal afirma que “foram pedidas explicações à CEMG sobre os rácios de capital apresentados nos primeiros três meses do ano”. O regulador acrescenta que “ainda não foram tomadas decisões, o que a acontecer só se verificará depois de a instituição dar os esclarecimentos” pedidos. Significa isto que o Banco de Portugal ainda pode vir a exigir ao Montepio que faça um aumento capital.
Recorde-se que, ainda que esteja a ser discutida esta possível parceria entre as misericórdias e o Montepio, a preferência do Banco de Portugal é, precisamente, que seja feito um aumento de capital na Caixa Económica, com a entrada de um acionista estratégico. Há ainda uma terceira opção, que seria a Santa Casa de Lisboa comprar as unidades de participação do fundo CEMG que são detidas pela Associação Mutualista; a liquidez conseguida com esta operação permitiria um aumento de capital do banco, se necessário.
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