Corticeira Amorim reclama “supremacia ambiental” das rolhas naturais sobre alumínio e plástico
Estudo da PwC comparou em sete indicadores o impacto ambiental da rolha de cortiça natural da empresa face a vedantes de alumínio e plástico. Amorim fala em “excelentes notícias" para setor do vinho.
Um estudo encomendado pela Corticeira Amorim à PwC e submetido a revisão crítica por um comité de peritos externos independentes comprova a “supremacia ambiental” das rolhas naturais de cortiça produzidas pela empresa portuguesa em comparação com dois vedantes artificiais, um de alumínio e outro de plástico.
A análise do ciclo de vida elaborada pela consultora, que foi pedida pela Corticeira Amorim pela 15.ª vez para atualizar a quantificação e comparação face às principais soluções concorrentes, analisou o impacto ambiental de cada um dos três obturadores, concluindo que o benefício ambiental associado à rolha de cortiça Naturity é “significativamente superior” aos vedantes artificiais em cinco dos sete indicadores analisados.
“Realizado com uma rigorosa abordagem metodológica que considera o pior cenário possível para as rolhas de cortiça natural, o estudo apresenta conclusões particularmente relevantes num momento em que tanto a indústria do vinho, como a sociedade em geral, estão cada vez mais conscientes da importância da escolha de produtos ecologicamente responsáveis”, destaca a empresa.
António Rios de Amorim reclama que este estudo “consolida, por um lado, a liderança global da Corticeira Amorim na área de I&D do segmento de rolhas e, por outro, as credenciais ambientais imbatíveis da cortiça”. Em comunicado, o CEO nota que “também são excelentes notícias para o setor vitivinícola, que cada vez mais encara a sustentabilidade como uma vantagem competitiva crucial”.
No ano passado, em que as vendas caíram abaixo da fasquia dos mil milhões de euros — recuaram 3,5%, para 985,5 milhões de euros devido à “redução significativa” da atividade e ao efeito cambial desfavorável –, a Corticeira Amorim fechou o exercício de 2023 com lucros de 88,9 milhões de euros, o que representa uma redução de 9,7% face ao ano anterior.
Apesar do “enquadramento de incerteza” para 2024, em declarações ao ECO, António Rios de Amorim salientou que o grupo corticeiro de Mozelos, Santa Maria da Feira, tem “condições para crescer em vendas e rentabilidade”. Sem novas aquisições “em vista” para este ano, a gigante industrial nortenha está a aumentar a capacidade produtiva em Itália e em França.
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