May e Corbyn trocam ataques: segurança e Brexit na mira
May acredita que a posição de Corbyn em relação ao Brexit não será eficaz na defesa dos interesses dos britânicos. Corbyn pede que May se demita na sequência de cortes antigos na segurança.
Theresa May voltou esta segunda-feira a manifestar-se sobre as eleições, que decorrerão como planeado no próximo dia 8 de junho, apesar dos recentes atentados. Corbyn pede agora a demissão de May face a cortes no financiamento à polícia britânica. May defende-se com o Brexit e acusa Corbyn de querer obter um acordo “independentemente do preço” e considera esta atitude o equivalente ao Reino Unido “abdicar da liderança”.
Theresa May terá feito cortes na segurança enquanto secretária de estado, diminuindo a segurança nas ruas britânicas em 20,000 agentes. Recentemente, e debaixo do fogo dos atentados, May afirmou que a polícia dispõe de todos os recursos que necessita. Corbyn realça estas atitudes da opositora a três dias das eleições e pede a sua demissão.
“Tudo o resto depende desta iniciativa” sublinha May, referindo-se ao Brexit — o ponto de diferença que aponta face ao opositor, Jeremy Corbyn. “Sabemos que Corbyn rejeita a ideia de sair sem qualquer tipo de acordo” por isso “não pode” ser Corbyn a negociar o Brexit na ótica de May. “Bruxelas pensaria que era Natal com esta abordagem” e um acordo a “qualquer preço” seria o equivalente a “abdicar da liderança” do Reino Unido.
May diz que vai “continuar a negociar com a Europa para obter medidas favoráveis ao povo britânico”. A atual presidente acredita que um “Brexit positivo” poderá trazer “coisas belíssimas um Reino Unido mais forte” com segurança económica e física, e a possibilidade de trocas comerciais e cooperação com a restante Europa. Não apresenta, contudo, certezas em relação à participação na união alfandegária. Pretende realocar as verbas que eram dirigidas à União Europeia para um fundo de prosperidade comum aos estados britânicos e assume-se “confiante” no controlo da imigração.
Relembra que o Brexit foi uma escolha dos britânicos, que terá que ser respeitada. Incluindo pelos líderes europeus que têm insistido na ideia do Reino Unido não poder estar “metade dentro metade fora” da União Europeia.
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