Ministro da Economia toma o pulso às empresas. Chama associações para “ouvir preocupações”
“Vamos lá para tentar perceber qual será a política do Governo”, afirma Vieira Lopes, apreensivo porque, pela primeira vez desde o 25 de Abril, não há uma secretaria de Estado dedicada ao comércio.
O ministro da Economia reúne-se esta terça-feira com a Confederação do Comércio e dos Serviços, presidida por João Vieira Lopes, dando assim o pontapé de saída para uma ronda de encontros com as associações representativas dos setores tutelados por Pedro Reis.
“O objetivo destes encontros será ouvir as preocupações das várias associações e receber contributos por parte das mesmas”, explica o Ministério da Economia em comunicado.
“Vamos lá para tentar perceber qual vai ser a política do Governo”, disse ao ECO Vieira Lopes, sublinhando a sua apreensão pelo facto de, “pela primeira vez desde o 25 de abril, não haver uma secretaria de Estado dedicada ao comércio e serviços”. No encontro que vai decorrer esta tarde na Horta Seca, Vieira Lopes vai “perceber quais serão as regras do jogo” e se a inexistência da secretaria de Estado por ser entendido como uma desvalorização do setor.
Quando aos temas em discussão na concertação social, nomeadamente o acordo de rendimentos, que o Governo disse querer revisitar, a “agenda está aberta”. “Vamos discutir esses temas todos, manifestar as nossas preocupações e perceber quais as políticas que o ministro da Economia vai ter para a concertação”, explicou o presidente da CCP.
Em entrevista ao ECO, publicada esta segunda-feira, João Vieira Lopes sinalizou que os patrões esperam que sejam retiradas da legislação laboral as questões que consideraram inconstitucionais, como o travão ao outsourcing após despedimentos.
“A reunião vai ser mais para conhecer a posição do Governo. As nossas posições são públicas, as do Governo são menos”, ironiza o mesmo responsável.
Esta semana, o ministro da Economia irá reunir-se também com a CIP, presidida por Armindo Monteiro. Estes encontros de trabalho vão prolongar-se ao longo das próximas semanas com as restantes associações patronais: a Confederação do Turismo, que tem à frente Francisco Calheiros; a AEP, liderada por Luís Miguel Ribeiro; a AIP, presidida por José Eduardo Carvalho; e ainda o Fórum para a Competitividade, liderado por Pedro Ferraz da Costa.
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