Brisa consegue receita inédita acima dos mil milhões
O grupo da concessionária de autoestradas teve lucros de 254,8 milhões de euros no ano passado, mais 5,8% do que em 2022.
1.003,7 milhões de euros. É o número que marca os resultados do grupo Brisa em 2023, com a empresa a superar pela primeira vez os mil milhões em receitas, graças a um crescimento de 17,7% face ao ano anterior.
O grupo que detém a concessão da A1, entre outras autoestradas, registou um lucro de 254,8 milhões de euros, mais 5,8% do que em 2022, indica em comunicado. O cash flow operacional (EBITDA) atingiu os 754,6 milhões de euros.
A Brisa, que é detida pela Rubicone, um consórcio de investidores institucionais holandeses, sul coreanos e suíços, reforçou ligeiramente o investimento no ano passado, de 79,4 para 82,2 milhões. Deste montante, 58,2 milhões de euros foram investidos na manutenção e modernização da rede de autoestradas.
“2023 foi um bom ano para o nosso Grupo que, face a uma evolução muito positiva de todas as áreas de negócio, ultrapassou pela primeira vez os mil milhões de euros de proveitos. Um marco incontornável que reflete um crescimento robusto e valida a estratégia iniciada em 2021, em total alinhamento com a nova estrutura acionista”, afirma o CEO, António Pires de Lima, citado no comunicado.
A principal unidade de negócio, a Brisa Concessão Rodoviária, fechou o último ano com um resultado líquido de 276,6 milhões de euros, o que representa um crescimento de cerca de 26% face aos lucros alcançados em 2022. Os níveis de tráfego aumentaram 8,9%, superando os níveis pré-pandemia.
O grupo integra ainda a Colibri, a marca das estações de serviço, a A-to-Be, que se dedica ao desenvolvimento e implementação de soluções tecnológicas para serviços de mobilidade, a Via Verde e o Grupo Controlauto, que no ano passado concluiu a fusão com a Globaltest.
A Colibri registou um aumento de 25% do número de clientes, que chegou aos 11 milhões. A marca passará este ano a marcar presença na rede Brisal, com a abertura do ponto de venda em Monte Redondo (A8/A17).
A A-to-Be continuou a cimentar a presença nos EUA em 2023, firmando uma parceria estratégica com a Deloitte para o desenvolvimento de novos sistemas de cobrança eletrónica de portagens.
A Via Verde registou um crescimento de 11% nas transações. O número de clientes e de veículos a circular com identificador subiu 5% para, respetivamente, 3,1 milhões e 4,9 milhões.
O grupo Brisa aprovou no verão um novo plano estratégico, o Vision28, com quatro alavancas de crescimento: sustentabilidade, digital, inovação e gestão financeira. O objetivo é que a internacionalização represente um terço da atividade e dos resultados até 2028.
“O novo plano evidencia a necessidade de diversificar ativos e de alavancar a estrutura existente para crescer fora de Portugal. É nossa ambição expandir o portefólio de concessões rodoviárias e prosseguir com a internacionalização dos negócios de mobilidade, tanto de forma orgânica como inorgânica”, sublinha António Pires de Lima no comunicado.
(notícia atualizada às 12h00)
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