Economia portuguesa desacelera no primeiro trimestre, preveem economistas

A economia portuguesa terá uma variação positiva no primeiro trimestre, mas deverá ser menos expressiva do que no trimestre anterior.

A economia portuguesa deverá desacelerar no arranque do ano, mas mesmo assim vai registar um crescimento. Segundo as previsões agregadas pelo ECO, o crescimento do PIB em cadeia – face ao trimestre anterior – deverá rondar os 0,3% a 1,5% nos primeiro três meses do ano, enquanto em termos homólogos poderá ter subido de 1% a 2,1%.

No final do ano passado, a economia portuguesa escapou a uma recessão técnica (dois trimestres seguidos de contração), ao crescer 0,8% em cadeia. Já em termos homólogos, o PIB cresceu 2,2% no quarto trimestre de 2023.

Nos primeiros três meses deste ano, as estimativas apontam todas para um crescimento, ainda que mais tímido do que no trimestre anterior.

As projeções do BCP “correspondem à manutenção de uma taxa de crescimento do PIB em cadeia próxima da observada no primeiro anterior, suportada pelo consumo privado, que continua a beneficiar do aumento do rendimento real disponível das famílias, e uma melhoria do contributo da procura externa líquida”, indica fonte oficial ao ECO.

A área de research do banco perspetiva uma taxa de variação trimestral de 0,6% e um crescimento homólogo de 1,2% no primeiro trimestre deste ano.

Já o BPI Research nota que “os indicadores continuam a apontar para que o primeiro trimestre surpreenda pela positiva”, na última edição do Pulso Económico. O indicador de clima económico “registou um crescimento de 1,8% homólogo no período, mais seis décimas do que no trimestre anterior e apenas 1 décima abaixo do crescimento observado no 1T 2022”, exemplificam, sendo que o indicador de atividade económica também voltou a acelerar – pelo 3º mês consecutivo – em fevereiro.

Na nota de abril, o banco indicava que os “indicadores que nos dão uma perspetiva mais completa para o primeiro trimestre sugerem-nos que o crescimento trimestral neste período poderá superar a nossa previsão de um crescimento trimestral de 0,4%”.

O Fórum para a Competitividade “estima que, no 1º trimestre de 2024, o PIB tenha desacelerado de 0,8% para entre 0,3% e 0,6% em cadeia, a que corresponde um abrandamento homólogo de 2,2% para entre 1,0% e 1,3%”, segundo a nota de conjuntura. Como aponta o Fórum, “no 1º trimestre de 2024, a confiança dos consumidores prosseguiu a recuperação do final do ano anterior, tendo registado o melhor valor desde a invasão da Ucrânia, há dois anos”.

O NECEP – Católica Lisbon Forecasting, por sua vez, aponta para um crescimento do PIB de 1,2% em termos homólogos e 0,5% em cadeia. Mais otimistas são as previsões do Barómetro CIP/ISEG, que estima que “o crescimento homólogo do PIB no 1º trimestre de 2024 deverá ter-se situado no intervalo de 1,7% a 2,1% (valor central de 1,9%), a que corresponde um crescimento em cadeia de 1,1 a 1,5% (valor central de 1,3%)”.

“Na ótica da despesa, os indicadores sugerem que o crescimento do PIB no 1º trimestre de 2024 basear-se-á, sobretudo, no contributo da Procura Interna, em particular Consumo Privado e Formação Bruta de Capital Fixo”, lê-se no relatório do barómetro.

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