Governo disposto a reduzir número de horas de formação dos taxistas
O ministro do Ambiente recusa, por outro lado, suspender a atividade da Uber e da Cabify.
O Governo está disponível para negociar com os taxistas e, inclusivamente, para alterar a lei da atividade dos táxis. A garantia é dada pelo ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, que sublinha, contudo, que “não faz sentido” suspender agora a atividade das plataformas como a Uber e a Cabify.
A atividade das plataformas é, atualmente, “ilegal”, reconheceu o ministro. Mas “vai haver um período de adaptação” quando a lei for publicada, para que os motoristas tenham a formação exigida e tenham tempo para cumprir com os outros requisitos. Por isso, a atividade da Uber e da Cabify não vai ser suspensa, como exigem os taxistas.
Apesar deste número de horas, o setor não tem ficado mais qualificado.
Ainda assim, João Pedro Matos Fernandes mostra-se disponível para negociar. “Há total disponibilidade do Governo para, em conjunto com as associações do setor, mexer na lei do táxi”, referiu.
Entre as alterações, a redução do número de horas exigidas para a formação dos taxistas é uma das possibilidades.
“Uma das regras da atual lei diz respeito às horas de formação, atualmente 125 horas. Isso é a prova de que, apesar deste número de horas, o setor não tem ficado mais qualificado. Portanto, podemos reduzir as horas e, além disso, introduzir uma forma de avaliação dos profissionais”, afirmou.
Esta segunda-feira, milhares de táxis iniciaram uma marcha lenta em Lisboa, em manifestação contra a atividade de plataformas como a Uber e a Cabify, que consideram ilegal, em Portugal. Entretanto, a marcha lenta foi suspensa no final da manhã e três taxistas foram detidos. Entretanto, decorre no Ministério do Ambiente uma reunião com seis representantes da Antral e da FTP.
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