Ana Jorge responde a ex-gestor da Santa Casa Global e diz que proposta para venda de empresa no Brasil era “apenas uma” e “genérica”

"A Santa Casa não tinha dinheiro para assumir mais responsabilidades financeiras no Brasil", justificou a provedora, sublinhando que manter o negócio implicaria injetar mais 14 milhões de euros.

Ana Jorge justificou o cancelamento da parceria para explorar os jogos no Brasil com “indícios de atividade criminosa” e as pretensões milionárias” dos administradores da Santa Casa Global, empresa criada para levar a cabo o projeto de internacionalização. A provedora refuta ainda o que tinha sido dito por Francisco Pessoa e Costa e assegura que houve “apenas uma proposta” para vender os negócios do Brasil e era “genérica”.

“A Santa Casa não tinha dinheiro para assumir mais responsabilidades financeiras no Brasil”, justificou a provedora que esteve esta quarta-feira a ser ouvida na comissão de Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, elencando ainda “quatro razões” para suspender o negócio, que levou o organismo responsável pela gestão das lotarias no Rio de Janeiro a exigir que a Santa Casa pague mais de seis milhões por não ter cumprido as obrigações.

Entre as razões apontadas pela provedora estão os “dados muito preocupantes” sobre o processo, nomeadamente a “dificuldade em obtenção de documentos” e a que “zonas geográficas” se estendia, a “impossibilidade” de vir a “gerar lucro”, bem como os “indícios de atividade criminosa” na operação, nomeadamente envolvendo a MCE.

“Ou se mantinham as prestações milionários da Santa Casa Global, comprometendo a curto e longo prazo a própria Santa Casa” ou a parceria teria que ser cancelada, defendeu, criticando ainda os salários dos administradores da Santa Casa Global que ascendiam a 850 mil euros, dos quais 500 mil para Ricardo Gonçalves e 350 mil para Francisco Pessoa e Costa.

“É falsa a ideia de que esta administração deixou ao abandono as empresas”, referiu ainda Ana Jorge, respondendo às acusações feitas por Pessoa e Costa, que, na sua audição, tinha dito que a mesa “abandonou os negócios no Brasil” e com isso “afundou 30 milhões“. “Caso se tivesse mantido esta parceria seria necessária uma injeção de mais 14 milhões de euros, que a Santa Casa não tinha”, sustentou. Já sobre a proposta de venda dos negócios do Brasil, Ana Jorge indicou que recebeu “apenas uma proposta genérica para venda no mercado brasileiro”, que tinha “pressupostos que não se verificavam”.

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