Pesos pesados castigam bolsa. Montepio afunda mais de 10%

A bolsa nacional deu um trambolhão. Num dia positivo para a generalidade das praças europeias, o índice nacional encerrou com uma queda de quase de 1%, penalizado pelo desempenho negativo dos títulos com maior peso no PSI-20. Jerónimo Martins, Galp Energia e BCP pressionaram, mas as atenções estiveram viradas para a queda de mais de 10% do Montepio.

Depois de ter fechado a cair mais de 0,5% na sessão anterior, o PSI-20 duplicou as perdas. Fechou a ceder 0,93% para 5.240,37 pontos, registando a maior queda diária em três semanas. Enquanto o Stoxx 600 ficou praticamente inalterado, a generalidade das praças subiu, beneficiando de algum otimismo dos investidores em dia da reunião do Banco Central Europeu (BCE).

A Jerónimo Martins foi a cotada que mais pesou no desempenho da bolsa ao ceder 2,17% para 17,62 euros, mas assistiu-se também a grande pressão por parte dos títulos do setor energético. A Galp Energia destacou-se com uma desvalorização de 1,73% para 13,38 euros, isto numa sessão em que o petróleo continua a tocar mínimos bem perto dos 45 dólares em Nova Iorque. EDP e EDP Renováveis também pesaram, registando descidas de 0,15% e 0,07%, respetivamente.

O BCP também marcou a sessão ao apresentar uma descida de 1,10%, isto num dia que ficou marcado por uma forte correção das unidades de participação do Montepio. Numa altura em que se discute a entrada da Santa Casa no capital do banco, os títulos afundaram mais de 10% para 50 cêntimos, acumulando uma queda de mais de 50% desde os máximos da semana passada.

Nota negativa ainda para a Mota-Engil que fechou a cair quase 5%, mantendo a tendência negativa desde que destacou a remuneração acionista referente aos lucros do ano passado. Os CTT fecharam com uma subida ligeira, isto num dia em que apenas quatro cotadas valorizaram e uma, a Novabase, ficou inalterada. A maior subida do dia coube à Sonae que avançou 3,1%.