Governo já apresentou solução para o malparado aos bancos
O Ministério das Finanças e o Banco de Portugal já apresentaram uma proposta aos três bancos portugueses com maior nível de malparado. Cabe agora às instituições financeiras analisarem a solução.
O Governo já apresentou uma proposta para o malparado aos três bancos portugueses com níveis mais elevados destes empréstimos em incumprimento. As instituições financeiras vão agora analisar a solução apresentada pelo Ministério das Finanças e o Banco de Portugal. O Governo aguarda contributos para a medida.
António Costa revela que ainda esta segunda-feira houve uma reunião entre o “Ministério das Finanças, Banco de Portugal e os três principais bancos do país com nível mais elevado de NPL [malparado] de forma a apresentarem uma proposta de solução para os bancos estudarem e poderem dar um parecer sobre esta matéria”.
"Ainda esta segunda-feira houve uma reunião entre o Ministério das Finanças, o Banco de Portugal e os três principais bancos do país com nível mais elevado de NPL [malparado] de forma a apresentarem uma proposta de solução para as instituições estudarem e poderem dar um parecer sobre esta matéria.”
O primeiro-ministro já tinha dito que esta solução não passará pela criação de um banco “mau”. António Costa salientou que estava a trabalhar para criar uma plataforma que permita aos bancos conseguirem encontrar solução para estes créditos em incumprimento. Um fardo que tem de ser reduzido de forma mais rápida do que no passado, realçou o governador do Banco de Portugal.
Mas esta medida pode enfrentar obstáculos. Elisa Ferreira afirmou que não há condições atualmente para criar um veículo que permita resolver o problema do crédito malparado. A administradora do Banco de Portugal revelou que 34% da riqueza dos países da Zona Euro foi usada para financiar e “segurar” a banca e que as instituições devem libertar-se do malparado à medida que a economia permita. No entanto, segundo Elisa Ferreira, a falta de condições prende-se com a “legislação europeia”.
“Já não é possível tirar os ativos do balanço do banco para serem comercializados [ao valor do mercado]. É preciso que o banco tenha esse capital para compensar a essa diferença (…) precisamente porque a regra mudou”, disse, acrescentando que a “fragilidade” de Portugal é não ter “os meios de Itália”, por exemplo, “para tornar a meter dinheiro nos bancos”.
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