Preços do petróleo vão subir em 2018 com acordo para limitar produção, diz ministro da Energia da Rússia

  • Lusa
  • 11 Junho 2017

Ministro da Energia da Rússia diz que o objetivo do acordo que limita a produção vai concretizar-se até final de março de 2018.

O ministro da Energia da Rússia estimou este domingo que o acordo assinado pelos países produtores de petróleo para limitar a produção e aumentar novamente os preços vai atingir o objetivo no primeiro trimestre do próximo ano.

Falando no seguimento de uma ligeira recuperação de 0,6% nos preços na sexta-feira, para 48,15 dólares, Alexander Novak disse que o objetivo do acordo, que limita a produção para contrabalançar o excesso de oferta que contribuiu para a descida dos preços, vai concretizar-se até final de março de 2018.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que conta nos seus membros com os lusófonos Angola e Guiné Equatorial, impulsionou no final do ano passado um acordo entre os seus membros, a que se juntaram outros países, para limitar a produção, escoando as reservas historicamente altas, e tentar fazer subir o preço, que continua a menos de metade do pico atingido em junho de 2014.

No final de uma reunião em Astana, o ministro da energia da Arábia Saudita, o maior produtor mundial, afirmou hoje que as reservas estão a descer e que as reduções de produção vão acelerar-se nos próximos três a quatro meses.

Khalid Al-Falih disse ainda que até ao final do ano os inventários vão ficar na média dos últimos cinco anos, mas se os cortes na produção não tiverem o efeito desejado, a Arábia Saudita pode equacionar mais medidas.

“Se virmos que, com o passar das semanas e meses, há razões para ajustamentos, faremos esse ajustamento”, disse o ministro da Energia saudita aos jornalistas, no final de uma reunião com o homólogo russo em Astana, capital do Cazaquistão.

A 25 de maio, a OPEP e outros produtores de petróleo, como a Rússia, concordaram em alargar até ao final do primeiro trimestre de 2018 o acordo de limitação da produção que tinha sido assinado no final de 2016 para fazer face ao choque nos preços, que caíram mais de 50% face ao pico do verão de 2014.

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