“Cibercrime é cada vez mais frequente em processos de contratação”. Gi Group lança campanha de alerta
Recrutamento é sempre gratuito para os candidatos, pelo que estes não devem fornecer dados bancários. Este é um dos conselhos da nova campanha de alerta contra a fraude no recrutamento da Gi Group.
As fraudes nos recrutamentos de trabalhadores não são propriamente novidade, mas a transferência desses processos para o universo digital “abriu caminho a novas técnicas de extorsão de dados e de fraude financeira”, alerta esta terça-feira a empresa de recursos humanos Gi Group, que acaba de lançar um campanha de sensibilização. Nesse âmbito, deixa claro, por exemplo, que o processo de recrutamento é sempre gratuito para os candidatos.
“O cibercrime é cada vez mais frequente em processos de contratação e apenas 55% das pessoas sabe como atuar. Sabendo que qualquer pessoa pode ser uma vítima, a Gi Group Holding alerta para as principais red flags [sinais de alerta] em processos de recrutamento”, anunciou a empresa num comunicado.
Para já, a Gi Group criou uma página dedicada à prevenção da fraude, com informação relevante para quem está à procura de emprego. Durante o ano será disponibilizada mais informação sobre o tema nas redes sociais, “para servirem de alerta à população“.
Entre as dicas já disponíveis — ainda que a Gi Group reconheça que “os criminosos não sigam um padrão único” –, está o alerta de que o recrutamento é sempre gratuito para os candidatos, pelo que nunca se deve ceder dados bancários a recrutadores.
“Se o anúncio parece demasiado bom para ser verdade, provavelmente é fraude. É importante prestar atenção a quaisquer anúncios de emprego que não exijam qualquer experiência relevante, mas que prometem um salário fantástico para as funções a desempenhar ou formas rápidas de enriquecimento”, acrescenta a Gi Group.
Outro conselho é não fornecer informações sensíveis de identificação pessoal durante o processo de contratação, “tais como números de Segurança Social, contas bancárias, entre outros”. E nunca clicar em “ligações de aspeto suspeito”, que “tendem a ser invulgarmente longas”, bem como não descarregar quaisquer tipos de software ou aplicações especiais. “Se um email parecer suspeito, o candidato não deve responder, [pois] poderá ser um cibercrime“, alerta a empresa.
“Nos últimos meses, surgiram inúmeras as fraudes associadas a recrutamento. Os criminosos criam anúncios falsos e apelativos, por exemplo, de empregos muito bem remunerados com pouco ou nenhum tempo de experiência e publicam-nos em websites, nas redes sociais, ou comunicam-nos através de mensagens ou Whatsapp“, relata a Gi Group.
E continua: “Para tornar os anúncios muito credíveis, criam agências de recrutamento fictícias e perfis falsos nas redes sociais, utilizando frequentemente nomes semelhantes a agências de emprego conhecidas. Enviam também emails falsos com anexos que contêm malware [vírus informáticos] ou ligações para websites destinados a roubar dados ou extorquir dinheiro“.
A Gi Group remata que os cibercriminosos conhecem os “pontos fracos” das vítimas e alerta que as fraudes são “cada vez mais sofisticadas”.
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