Setor da construção avança com fundação
As Ordens dos Arquitectos, Engenheiros e Economistas e membros decidiram avançar agora com a nova fundação pelos “desafios que Portugal tem na área da construção para a próxima década”.
O setor da construção apresenta esta quinta-feira uma Fundação, que agrega as principais ordens profissionais e empresas que atuam nesta área e que irá avançar com várias iniciativas, incluindo um maior envolvimento da sociedade civil.
“A ideia nasceu aquando dos anúncios públicos de grandes investimentos nas áreas das Infraestruturas e da Habitação e da reflexão feita sobre a necessidade de capacitar o país e as empresas nacionais para fazerem face a esses desafios”, disse à Lusa fonte oficial da Ordem dos Engenheiros, que integra a Fundação em conjunto com as suas congéneres dos Arquitetos e Economistas.
A Fundação tem como objetivo “promover e aprofundar o conhecimento da realidade portuguesa no setor da Construção, visando contribuir para o desenvolvimento social e económico do país, para a coesão territorial e para o reforço e melhoria das instituições públicas no que concerne à tomada de decisão sobre matérias” que dizem respeito ao setor, referiu.
Os membros fundadores decidiram avançar agora com a iniciativa pelos “desafios que Portugal tem na área da construção para a próxima década”.
Pretendem “criar uma Fundação que seja agregadora da vontade destas entidades e motor do seu propósito comum”, tendo em conta a “mais-valia” que as associações públicas profissionais e empresas do setor da construção podem ter para “contribuir para o conhecimento coletivo das reais necessidades do país neste setor de atividade, como por exemplo, para o correto dimensionamento das suas infraestruturas e do edificado, acautelando o desenvolvimento económico sustentável”.
“Considera-se, assim, essencial promover um envolvimento mais ativo da sociedade civil na reflexão e na resolução dos problemas nacionais relativos à área da Construção e que, até aqui, tem estado restrita à esfera político-partidária”, indicou a mesma fonte.
Para cumprir os seus objetivos, a Fundação pretende criar “um Observatório da Construção, que permita um acompanhamento das tendências no setor” e “promover e realizar estudos que se constituam como apoio à decisão política naquelas que são as grandes opções estratégicas nacionais”, como por exemplo os planos nacionais Ferroviário e da Água, o Plano Nacional de Regadios e o desenvolvimento de soluções aeroportuárias.
Os fundadores propõem-se ainda “promover ações de debate e reflexão que contribuam para a definição de uma estratégia nacional para a vinculação de talentos nas profissões relacionadas com a atividade” e no “sentido de pugnar pelo estabelecimento de um quadro regulatório robusto no setor, devidamente enquadrado transversalmente com as profissões ligadas às principais atividades relacionadas”.
Por fim, a Fundação quer a promoção de ações que “contribuam para uma melhoria de articulação das diferentes disposições e práticas nacionais”, com políticas que beneficiem “o interesse público, a iniciativa privada qualificada, a livre concorrência, o combate à concorrência desleal, a promoção da inclusão social, o desenvolvimento económico, o impulso da inovação, modernização tecnológica e a qualificação e valorização profissional”, para a fixação de mão-de-obra altamente qualificada.
Além das três ordens profissionais, a Fundação tem como membros fundadores as empresas A400 Projetistas e Consultores de Engenharia, Alves Ribeiro Construção, Betar Consultores, Casais – Engenharia e Construção, Coba – Consultores de Engenharia e Ambiente, Conduril – Engenharia, Gabriel Couto – Construções Gabriel A.S. Couto, Grupo Visabeira, HCI – Construções, JLCM – J.L. Câncio Martins – Projetos de Estruturas, Mota-Engil Engenharia e Construção, NRV – Consultores de Engenharia, Teixeira Duarte – Engenharia e Construções e Ventura + Partners.
A Fundação da Construção será apresentada esta quinta-feira.
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