#11 As férias de Vasco Pedro. Uma mala cheia de livros e ‘insights’

  • ECO
  • 19 Agosto 2024

O CEO da Unbabel admite que nem sempre é possível desligar do trabalho mesmo em férias, mas impõe regras: tem horários específicos para responder a emergências.

  • Ao longo do mês de agosto, o ECO vai publicar a rubrica “As férias dos CEO”, onde questiona os gestores portugueses sobre como passam este momento de descanso e o que os espera no regresso.

A vida de CEO de uma scaleup em crescimento nem sempre permite desligar do trabalho durante as férias, mas em nome do equilíbrio vida-trabalho Vasco Pedro, da Unbabel, impõe regras. “Estabeleço horários específicos para responder a emergências. Acima de tudo, confio na competência da minha equipa e delego responsabilidades para minimizar a necessidade de intervenções frequentes”, diz.

Férias é também oportunidade para uma reflexão sobre “o meu próprio desenvolvimento e crescimento e perceber se estou alinhado com as minhas metas profissionais e pessoais. Este momento frequentemente traduz-se em insights inovadores que podem não surgir no dia a dia.”

Que livros, séries e podcasts vai “levar na bagagem de férias” e porquê?

Entre os livros, “The Age of AI: And Our Human Future” de Henry A. Kissinger, Eric Schmidt e Daniel Huttenlocher, que oferece uma análise profunda sobre o impacto da inteligência artificial na humanidade e o seu futuro. Outro livro essencial é “How Leaders Learn: Master the Habits of the World’s Most Successful People” de George Hallenbeck, uma leitura indispensável para compreender os hábitos que definem líderes bem-sucedidos, e “CEO Excellence: The Six Mindsets That Distinguish the Best Leaders From the Rest”, de Carolyn Dewar, Scott Keller e Vikram Malhotra, para entender as mentalidades que diferenciam os melhores líderes. Por fim, “Lifespan: Why We Age – and Why We Don’t Have To” de David A. Sinclair, que explora as possibilidades de aumentar a longevidade humana.

Em termos de séries, “Black Mirror” é uma escolha óbvia, já que explora as consequências éticas e sociais das tecnologias emergentes. Vou também levar “Silicon Valley”, que, apesar do tom humorístico, oferece uma visão perspicaz do ecossistema das startups tecnológicas. Nos podcasts, “The Knowledge Project” de Shane Parrish e “How I Built This”, de Guy Raz, que traz inspiração com histórias de empreendedores bem-sucedidos.

Desliga totalmente ou mantém contacto com as equipas durante as férias?

Embora a importância de um verdadeiro descanso seja indiscutível, nem sempre é viável desligar completamente, especialmente em posições de liderança. Durante as férias, adoto uma abordagem equilibrada e estabeleço horários específicos para responder a emergências. Acima de tudo, confio na competência da minha equipa e delego responsabilidades para minimizar a necessidade de intervenções frequentes.

As férias são um momento para refletir sobre decisões estratégicas ou da carreira pessoal?

Definitivamente. Afastado da rotina diária, é possível obter uma perspetiva mais clara e abrangente sobre os desafios e oportunidades e, durante este período, gosto de reavaliar os objetivos a longo prazo da empresa e considerar novas estratégias para os alcançar. Além disso, é uma oportunidade para refletir sobre o meu próprio desenvolvimento e crescimento e perceber se estou alinhado com as minhas metas profissionais e pessoais. Este momento frequentemente traduz-se em insights inovadores que podem não surgir no dia a dia.

Que temas vão marcar o seu setor na rentrée?

Para o futuro próximo, vários temas emergem como cruciais para o setor da tecnologia e da inteligência artificial. A evolução contínua da IA e da aprendizagem de máquinas vai trazer avanços significativos na precisão e eficiência das soluções automatizadas. A ética e a transparência no uso da IA serão fundamentais, à medida que a sociedade exige maior responsabilidade das empresas tecnológicas.

Além disso, a integração da IA com outras tecnologias emergentes, como blockchain, e a realidade aumentada vão, sem dúvida, transformar o setor. Também a globalização e a crescente necessidade de comunicação multilingue em ambientes corporativos e sociais exigirão soluções mais sofisticadas e personalizadas. Resumidamente, acredito que o cruzamento entre inovação tecnológica, responsabilidade ética e procura global vai delinear o rumo do setor na próxima temporada.

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